Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A PROPÓSITO DA IDEOLOGIA DO GÉNERO

É o título da Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, aprovada na 183.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa realizada em Fátima de 11 a 14 de Novembro de 2013, com a presença do Núncio Apostólico, Arcebispo D. Rino Passigato.
Participaram também a Presidente e o Vice-Presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.


Para além da abordagem de outros temas, como a resposta ao questionário do «Documento Preparatório» da III Assembleia Geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, a Assembleia aprovou uma Mensagem sobre os «DESAFIOS ÉTICOS DO TRABALHO HUMANO» e a Carta Pastoral «A PROPÓSITO DA IDEOLOGIA DO GÉNERO».

Como é referido no Comunicado Final da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, em particular na Mensagem sobre os «Desafios éticos do trabalho humano», destacamos:
Um dos mais graves problemas da actual crise por que passa o nosso País diz respeito ao mundo do trabalho.
Trabalho que, sendo um dever, é também um direito a ser exercido em condições dignas da pessoa humana.

Entre as situações mais graves estão os que, não tendo trabalho, se encontram sem acesso a qualquer forma de subsídio, correndo os riscos da luta pela subsistência.
São de evitar as políticas de criação de emprego pelo corte dos justos direitos dos trabalhadores.

Os Bispos mostram a sua solidariedade efectiva com os que estão a passar mal, sobretudo como consequência do desemprego, e testemunham o seu agradecimento aos que lutam para não fechar as portas das suas empresas e aos criadores de emprego.

Relativamente à Carta Pastoral «A propósito da ideologia do género»:
Aqui se aborda o tema actual da ideologia do género, que pretende provocar uma revolução antropológica, secundarizando a identidade sexual como condição natural e biológica que nos faz ser mulheres ou homens, dando a primazia à construção de uma identidade, que cada um cria para si mesmo, independentemente do sexo com que nasceu e cresceu.

Assim ficaria aberta a porta para a legitimação das uniões homossexuais e para o aparecimento de diversas alternativas à família de sempre, já não constituída por uma mãe, um pai e filhos, com raízes na sexualidade, matriz da nossa identidade.

São estes os principais campos em que se tem feito notar a ideologia do género, provocando uma ruptura civilizacional:
promoção de alternativas à linguagem comum: em vez de sexo (algo de básico, identificador da pessoa) fala-se em género (construção cultural e psicológica de uma identidade); em vez de igualdade entre homem e mulher, referem a igualdade de género; a família é substituída por famílias;
redefinição do casamento, podendo ser entre pessoas do mesmo sexo, com a respectiva legalização da adopção de filhos por casais homossexuais e o recurso de pessoas sós à procriação artificial;
doutrinação da ideologia do género através do ensino. Importa ter presente o primado do direito dos pais e mães quanto à educação dos seus filhos, que não pertence ao Estado, como recorda a Constituição Portuguesa: «O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas» (art. 43º, n. 2).

É recordado que as alterações legislativas introduzidas no nosso sistema jurídico, reflexo da ideologia do género, não são irreversíveis.

Todo o documento é uma afirmação de princípios sobre a verdade do amor humano.
Alertando para os perigos da ideologia do género e inspirada pela visão cristã da sexualidade, esta carta pastoral recorda princípios baseados no realismo inalienável da nossa matriz antropológica, como homens e mulheres.

Os textos da 183.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa realizada em Fátima de 11-14 de Novembro de 2013, podem ser vistos em:


Fonte: Documentos da CEP publicados pela Agência Ecclesia

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