Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DIA MUNDIAL DO DOENTE

Foi instituído a 11 de Fevereiro de 1992 pelo Papa João Paulo II, na memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes.

Este ano celebramos o XXII Dia Mundial do Doente subordinado ao tema: «Fé e caridade – “também nós devemos dar a vida pelos irmãos”» (1 Jo 3, 16), proposto pelo Papa Francisco.



Após o Angelus do passado Domingo, o Papa Francisco referiu-se aos doentes:

Depois de amanhã, 11 de Fevereiro, celebraremos a Memória de Nossa Senhora de Lourdes e vamos viver o Dia Mundial do Doente.
É a ocasião propícia para colocar no centro da comunidade o doente.
Reze por ele e com ele, seja seu vizinho.
A mensagem para este dia é inspirada em São João: «Fé e caridade – “também nós devemos dar a vida pelos irmãos”» (1 Jo 3,16).
Em particular, podemos seguir a atitude de Jesus para com os doentes, todo tipo de doentes: o senhor cuida de todos, compartilha o seu sofrimento e abre o coração à esperança.

Penso também em todos os cuidadores: o valioso trabalho que fazem!
Muito obrigado pelo vosso valioso trabalho.
Eles encontram-se todos os dias com o doente, não só com o corpo marcado pela fragilidade, mas com a pessoa a quem oferecem atenção e respostas adequadas.
A dignidade da pessoa não se reduz mais à sua faculdade ou capacidade e não termina quando a pessoa está fraca, inválida e precisa de ajuda.

Penso também nas famílias onde é normal cuidar daqueles que estão doentes; Mas às vezes situações podem ser muito pesadas...
Muitos me escrevem e hoje gostaria de garantir uma oração para todas as famílias, digo-lhes: não tenham medo da fragilidade!
Não tenham medo da fragilidade!
Ajudem-se uns aos outros com amor e sentirão a presença reconfortante de Deus.”



Na sua mensagem para este dia o Santo Padre dirigindo-se de modo particular às pessoas doentes e a quantos lhes prestam assistência e cura, escreveu:
«A Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial de Cristo sofredor».


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O XXII DIA MUNDIAL DO DOENTE 2014

Fé e caridade: «Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16)

Amados irmãos e irmãs!

1. Por ocasião do XXII Dia Mundial do Doente, que este ano tem como tema Fé e caridade: também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16), dirijo-me de modo particular às pessoas doentes e a quantos lhes prestam assistência e cura.
A Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial de Cristo sofredor.
É assim: ao lado, aliás, dentro do nosso sofrimento está o de Jesus, que carrega connosco o seu peso e revela o seu sentido.
Quando o Filho de Deus subiu à cruz destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua escuridão.
Desta forma somos postos diante do mistério do amor de Deus por nós, que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desígnio de amor de Deus também a noite do sofrimento se abre à luz pascal; e coragem, para enfrentar qualquer adversidade em sua companhia, unidos a Ele.

2. O Filho de Deus feito homem não privou a experiência humana da doença e do sofrimento mas, assumindo-os em si, transformou-os e reduziu-os.
Reduzidas porque já não têm a última palavra, que é ao contrário a vida nova em plenitude; transformados, porque em união com Cristo, de negativas podem tornar-se positivas.
Jesus é o caminho, e com o seu Espírito podemos segui-lo.
Como o Pai doou o Filho por amor, e o Filho se doou a si mesmo pelo mesmo amor, também nós podemos amar os outros como Deus nos amou, dando a vida pelos irmãos.
A fé no Deus bom torna-se bondade, a fé em Cristo Crucificado torna-se força para amar até ao fim também os inimigos.
A prova da fé autêntica em Cristo é o dom de si, o difundir-se do amor ao próximo, sobretudo por quem não o merece, por quantos sofrem, por quem é marginalizado.

3. Em virtude do Baptismo e da Confirmação somos chamados a conformar-nos com Cristo, Bom Samaritano de todos os sofredores.
«Nisto conhecemos o amor: no facto de que Ele deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1 Jo 3, 16). Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus às contradições do mundo.
Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas acções, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para o advento do Reino de Deus.

4. Para crescer na ternura, na caridade respeitadora e delicada, temos um modelo cristão para o qual dirigir o olhar com segurança.
É a Mãe de Jesus e nossa Mãe, atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos. Maria, estimulada pela misericórdia divina que nela se faz carne, esquece-se de si mesma e encaminha-se à pressa da Galileia para a Judeia a fim de encontrar e ajudar a sua prima Isabel; intercede junto do seu Filho nas bodas de Caná, quando falta o vinho da festa; leva no seu coração, ao longo da peregrinação da vida, as palavras do velho Simeão que lhe prenunciam uma espada que trespassará a sua alma, e com fortaleza permanece aos pés da Cruz de Jesus.
Ela sabe como se percorre este caminho e por isso é a Mãe de todos os doentes e sofredores.
A ela podemos recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos abandonará.
É a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas cruzes e acompanha-nos no caminho rumo à ressurreição e à vida plena.

5. São João, o discípulo que estava com Maria aos pés da Cruz, faz-nos ir às nascentes da fé e da caridade, ao coração de Deus que «é amor» (1 Jo 4, 8.16), e recorda-nos que não podemos amar a Deus se não amarmos os irmãos.
Quem está aos pés da Cruz com Maria, aprende a amar como Jesus. A Cruz «é a certeza do amor fiel de Deus por nós.
Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos confere a força para o carregar, entra também na morte para a vencer e nos salvar... A Cruz de Cristo convida-nos também a deixar-nos contagiar por este amor, ensina-nos a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo para quem sofre, para quem tem necessidade de ajuda» (Via-Sacra com os jovens, Rio de Janeiro, 26 de Julho de 2013).

Confio este XXII Dia Mundial do Doente à intercessão de Maria, para que ajude as pessoas doentes a viver o próprio sofrimento em comunhão com Jesus Cristo, e ampare quantos deles se ocupam.
A todos, doentes, agentes no campo da saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica.

Vaticano, 6 de Dezembro de 2013.
FRANCISCO



Fontes: Santa Sé; L'Osservatore Romano

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