Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Vaticano II: 50º ANIVERSARIO DA DECLARAÇÃO NOSTRA AETATE

Comemora-se hoje o 50º aniversario da promulgação, em 28 de Outubro de 1965, da declaração Nostra Aetate do Concilio Vaticano II
Este documento destaca o que é comum entre as religiões e com a sua assinatura começou uma nova fase de diálogo oficial por parte da Igreja Católica com as religiões não-cristãs.
   
   
A declaração Nostra Aetate sobre a Igreja e as religiões não-cristãs que destaca com capítulo próprio o Hinduísmo e Budismo; a religião do Islão; e a religião Judaica, ao longo dos cinquenta anos impulsionou fundamentalmente o diálogo entre católicos e judeus.


Um dos acontecimentos marcantes do diálogo inter-religioso foi o Encontro de Assis realizado no dia 27 de Outubro de 1986, onde representantes das mais significativas tradições religiosas se reuniram numa Jornada Mundial de Oração pela Paz.
A jornada foi uma iniciativa do papa João Paulo II no contexto de 1986 ter sido declarado como Ano Internacional da Paz pelas Nações Unidas, tendo acolhido o convite 70 representantes das principais religiões.

A 2 de Setembro de 2006, na sua mensagem para comemorar o XX aniversário do Encontro de Assis em 1986, o Papa Bento XVI afirmou:
O seu convite [de S. João Paulo II] aos líderes das religiões mundiais para um testemunho coral de paz serviu para esclarecer sem possibilidade de equívocos que a religião só pode ser portadora de paz.
Como ensinou o Concílio Vaticano II na Declaração Nostra aetate sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs, "não podemos... invocar Deus, o Pai de todos, se nos recusarmos a tratar fraternalmente determinados homens, criados à imagem de Deus" (n. 5).
Apesar das diferenças que caracterizam os vários caminhos religiosos, o reconhecimento da existência de Deus, ao qual os homens só podem chegar partindo da experiência da criação (cf. Rm 1, 20), não pode deixar de predispor os crentes a considerar os outros seres humanos como irmãos.
Portanto, a ninguém é lícito assumir o motivo da diferença religiosa como pressuposto ou pretexto para uma atitude bélica em relação aos outros seres humanos.”

Mais recentemente, no dia 13 de Janeiro de 2015 no Sri Lanka, o Papa Francisco participou num encontro inter-religioso com representantes das religiões budista, hindu e muçulmana, estando também presente um bispo anglicano.
O Santo Padre no seu discurso fez um apelo à condenação do fundamentalismo:
A bem da paz, não se deve permitir que se abuse das crenças para a causa da violência ou da guerra.
Devemos ser claros e inequívocos ao desafiar as nossas comunidades a viverem plenamente os princípios da paz e da coexistência, que se encontram em cada religião, e denunciar actos de violência sempre que são cometidos”.
Espero que a cooperação inter-religiosa e ecuménica prove que os homens e as mulheres não têm de esquecer a própria identidade, tanto étnica como religiosa, para viverem em harmonia com os seus irmãos e irmãs”.





Fonte: Santa Sé


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