Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 22 de março de 2017

PRÓXIMOS DOS FRACOS COMO SEMEADORES DE ESPERANÇA




Partindo do cap. 15 da epístola de S. Paulo aos Romanos, o Papa prosseguiu o ciclo de suas catequeses sobre a esperança cristã
 
 
São Paulo recorda-nos que tanto a perseverança como a consolação nos são transmitidas de um modo particular pelas Escrituras, sublinhou o Papa Francisco:

De facto a Palavra de Deus, em primeiro lugar, leva-nos a dirigir o olhar para Jesus, a conhecê-lo melhor e a conformar-nos a Ele, a assemelhar-nos cada vez mais a Ele.
Em segundo lugar, a Palavra revela-nos que o Senhor é verdadeiramente "o Deus da perseverança e da consolação", sempre fiel ao seu amor por nós e que cuida de nós, cobrindo as nossas feridas com a carícia da sua bondade e misericórdia”.

Nesta perspectiva, prosseguiu o Santo Padre, podemos compreender as palavras de Paulo "Nós, que somos fortes, temos o dever de carregar as fraquezas dos fracos, e não buscar apenas o que nos agrada".
Na verdade, a expressão "nós, que somos fortes" que poderia parecer presunçosa, na lógica do Evangelho não o é, antes pelo contrário, porque a nossa força não vem de nós, mas do Senhor.
E o Papa Francisco acrescentou:

Quem experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação pode, ou melhor, tem o dever de ficar próximo dos irmãos mais fracos e se carregar das suas fragilidades.
E pode fazê-lo sem auto-complacência, mas sentindo-se simplesmente como um "canal" que transmite os dons do Senhor; e assim, se torna, concretamente um "semeador" de esperança”.


Resumo da catequese do Santo Padre:

O Apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos que escutamos há pouco, ajuda-nos a compreender melhor a natureza da esperança cristã, ao tratar da perseverança e da consolação.

A perseverança, ou paciência, é a capacidade de suportar, permanecer fiel, mesmo quando o peso é demasiado grande e somos tentados a abandonar tudo.

A consolação é a graça de saber perceber e manifestar a presença e a acção compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo quando marcadas pela decepção e sofrimento.

Desse modo tornamos-nos fortes, a fim de poder permanecer próximos aos irmãos mais fracos, ajudando-os na sua fragilidade.
Isso não significa que sejamos melhores, pois a nossa força vem do Senhor, que é o Deus da perseverança e da consolação e que nos chama ao serviço recíproco: quem é forte hoje, pode se sentir fraco amanhã, e terá necessidade do auxílio de um outro irmão.
No fundo, todos temos necessidade de que Jesus, “o irmão forte”, cuide de nós e nos carregue nas suas costas como o Bom Pastor.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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