Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 24 de maio de 2018

COM O SACRAMENTO DA CRISMA SER SAL E LUZ DO MUNDO






Depois do Baptismo,
o Santo Padre iniciou um novo ciclo de reflexões dedicado ao Sacramento da Confirmação
   
   
Na catequese desta Quarta-feira o Papa Francisco começou por falar na dádiva que recebemos no Sacramento da Confirmação, ou Crisma:

Aos seus discípulos, Jesus confiou uma grande missão: «Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo».
Estas imagens fazem pensar no nosso comportamento, pois tanto a carência como o excesso de sal tornam desgostosa a comida, assim como a falta ou o excesso de luz impedem de ver.
Somente o Espírito de Cristo nos pode oferecer verdadeiramente o sal que dá sabor e preserva contra a corrupção, e a luz que ilumina o mundo!”



O grande dom de Deus: o Espírito Santo.




PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 23 de Maio de 2018

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Depois das catequeses sobre o Baptismo, estes dias que se seguem à solenidade de Pentecostes convidam-nos a reflectir sobre o testemunho que o Espírito suscita nos baptizados, pondo em movimento a sua vida, abrindo-a para o bem dos outros.
Aos seus discípulos, Jesus confiou uma grande missão: «Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo» (cf. Mt 5, 13-16).
Estas imagens fazem pensar no nosso comportamento, pois tanto a carência como o excesso de sal tornam desgostosa a comida, assim como a falta ou o excesso de luz impedem de ver.
Somente o Espírito de Cristo nos pode oferecer verdadeiramente o sal que dá sabor e preserva contra a corrupção, e a luz que ilumina o mundo! E esta é a dádiva que recebemos no Sacramento da Confirmação, ou Crisma, sobre o qual desejo reflectir convosco.
Chama-se “Confirmação” porque confirma o Baptismo, fortalecendo a sua graça (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1289); assim como a “Crisma”, porque recebemos o Espírito mediante a unção com o “crisma” — óleo misturado com o perfume consagrado pelo Bispo — termo que remete para “Cristo” o Ungido de Espírito Santo.

O primeiro passo é renascer para a vida divina no Baptismo; em seguida, é preciso comportar-se como filho de Deus, ou seja, conformar-se com Cristo que age na santa Igreja, deixando-se engajar na sua missão no mundo.
Para isto provê a unção do Espírito Santo: «Sem a sua força, nada existe no homem» (cf. Sequência de Pentecostes).
Sem a força do Espírito Santo, nada podemos fazer: é o Espírito que nos dá a força para ir em frente.
Do mesmo modo como toda a vida de Jesus foi animada pelo Espírito, assim também a vida da Igreja e de cada um dos seus membros está sob a guia do mesmo Espírito.

Concebido pela Virgem por obra do Espírito Santo, Jesus empreende a sua missão depois que, saindo da água do Jordão, é consagrado pelo Espírito que desce e paira sobre Ele (cf. Mc 1, 10; Jo 1, 32).
Ele declara-o explicitamente na sinagoga de Nazaré: é bonito o modo como Jesus se apresenta, qual é o bilhete de identidade de Jesus na sinagoga de Nazaré!
Ouçamos como o faz: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me consagrou com a unção; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres» (Lc 4, 18).
Jesus apresenta-se na sinagoga do seu povoado como o Ungido, Aquele que foi ungido pelo Espírito.

Jesus está cheio de Espírito Santo e é a fonte do Espírito prometido pelo Pai (cf. Jo 15, 26; Lc 24, 49; At 1, 8; 2, 33).
Na realidade, na noite de Páscoa o Ressuscitado sopra sobre os discípulos, dizendo-lhes: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20, 22); e no dia de Pentecostes a força do Espírito desce sobre os Apóstolos de forma extraordinária (cf. At 2, 1-4), como nós sabemos.

A “Respiração” de Cristo Ressuscitado enche de vida os pulmões da Igreja; e com efeito, a boca dos discípulos, «cheios de Espírito Santo», abrem-se para proclamar a todos as grandes obras de Deus (cf. At 2, 1-11).

O Pentecostes — que celebrámos no domingo passado — é para a Igreja o que foi para Cristo a unção do Espírito recebida no Jordão, ou seja, o Pentecostes é o impulso missionário a consumar a vida pela santificação dos homens, para a glória de Deus.
Se o Espírito age em cada sacramento, é de modo especial na Confirmação que «os fiéis recebem como Dom o Espírito Santo» (Paulo VI, Const. Apost. Divinae consortium naturae).
E no momento de fazer a unção, o Bispo pronuncia estas palavras: “Recebe o Espírito Santo, que te foi concedido como dom”: é a grande dádiva de Deus, o Espírito Santo.
E todos nós temos o Espírito dentro.
O Espírito está no nosso coração, na nossa alma.
E o Espírito guia-nos na vida, a fim de que nos tornemos bom sal e boa luz para os homens.

Se no Baptismo é o Espírito Santo que nos imerge em Cristo, na Confirmação é Cristo que nos enche com o seu Espírito, consagrando-nos suas testemunhas, partícipes do mesmo princípio de vida e de missão, segundo o desígnio do Pai celeste.
O testemunho prestado pelos confirmados manifesta a recepção do Espírito Santo e a docilidade à sua inspiração criativa.
Pergunto-me: como se vê que recebemos o Dom do Espírito?
Se cumprirmos as obras do Espírito, se proferirmos palavras ensinadas pelo Espírito (cf. 1 Cor 2, 13).
O testemunho cristão consiste em fazer unicamente e tudo aquilo que o Espírito de Cristo nos pede, concedendo-nos a força para o realizar.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; L'Osservatore Romano



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