Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

REZAR É DIZER "PAPÁ" COM A CONFIANÇA DE UMA CRIANÇA




Nesta Quarta-feira o Papa Francisco deu continuidade à sua série de catequeses sobre a oração do Pai Nosso
   
   
O Papa inspirou-se na Carta de São Paulo aos Romanos 8, 14-16 para falar sobre nossa filiação divina: “hoje partimos da observação de que, no Novo Testamento, a oração parece querer chegar ao essencial, até concentrar-se em uma única palavra: Abbá, Papá”.
Nesta invocação, afirmou, concentra-se toda a novidade do Evangelho.


Para um cristão, rezar é simplesmente dizer "Abbá", dizer "Papá", dizer "Pai", mas com a confiança de uma criança.








Resumo da catequese do Santo Padre:

O cristão, depois de ter conhecido Jesus e ouvido a sua pregação, já não considera Deus como um tirano que mete medo, mas sente florescer no seu coração a confiança e confidência com Ele.
Pode falar com o Criador, chamando-Lhe «Pai».

Não se trata simplesmente de usar um símbolo – a figura do pai – associando-a ao mistério de Deus, mas todo o mundo de Jesus é transvasado no nosso coração.
No texto lido da Carta aos Romanos (e o mesmo aparece na Carta aos Gálatas), ouvimos a palavra aramaica: «Abbá, Pai!»
Ora, no Novo Testamento, é raro que as palavras aramaicas não sejam traduzidas para grego, pelo que devemos imaginar que nelas esteja de certo modo «gravada» a voz do próprio Jesus.
De facto, «Abbá» é muito mais íntimo e sentido do que tratar a Deus simplesmente pela palavra «Pai»; alguém chegou mesmo a propor que se traduzisse «Abbá» pela forma meiga e carinhosa de «Papá», o tratamento usado pela criança que se sente completamente envolvida pelo abraço do pai numa ternura sem fim.

Esta imagem aplicada a Deus, será um exagero?
Se o fizéssemos nós, a alguém poderia vir a dúvida.
Mas é o próprio Jesus que a aplica ao Pai misericordioso, na parábola do filho pródigo.
Este experimenta o abraço dum pai que há tanto tempo o esperava, que já não se recorda das palavras ofensivas pronunciadas pelo filho antes de partir, que procura apenas dizer-lhe como sentia falta dele.
Nisto, o Pai misericordioso revela os traços do ânimo duma mãe.
Pois é sobretudo esta que sempre desculpa o filho, conserva viva a empatia com ele e continua a querer-lhe bem mesmo quando já não o merece.
Deus é como uma mãe que nunca deixa de amar a sua criatura!
Trata-se duma gestação que se prolonga muito para além dos nove meses da gestação física, dura para sempre e gera um circuito infinito de amor.
Nos momentos negros da vida, podemos encontrar a força de rezar, recomeçando pela palavra «Abbá; Papá».



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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