Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

SOMOS ETERNOS MENDIGOS DE AMOR




Na Audiência de hoje o Papa Francisco deu continuidade à sua série de catequeses sobre o Pai Nosso
   
   
Na 7ª catequese sobre o Pai Nosso, o Papa falou sobre o Pai que está nos Céus partindo da figura de nossos pais para entender o mistério da “paternidade de Deus”.
Mas para isso, devemos sempre "refiná-las", “purificá-las”, pois assim como nenhum de nós teve pais perfeitos, tampouco nós seremos pais ou pastores perfeitos.

Por isso, quando falamos de Deus como "Pai", enquanto pensamos na imagem de nossos pais, especialmente se eles nos amaram, temos que ir além.
Porque o amor de Deus é o do Pai "que está nos Céus", segundo a expressão que Jesus nos convida a usar: é o amor total que nós, nesta vida, experimentamos apenas de forma imperfeita.
Os homens e as mulheres são eternamente mendigos de amor - somos mendigos de amor, temos necessidade de amor - procuram um lugar para finalmente serem amados, mas não o encontram.
Quantas amizades e quantos amores desiludidos existem no nosso mundo; quantos!”

O Papa explicou o significado da expressão "nos céus".

A expressão "nos céus" não quer expressar uma distância, mas uma diferença radical de amor, uma outra dimensão de amor, um amor incansável, um amor que permanecerá para sempre, que está ao alcance da mão.
Basta dizer “Pai nosso que estais nos céus" e este amor vem!”



No final, recordando que na próxima Sexta-feira se celebra a festa da Cátedra de São Pedro Apóstolo, pediu orações pelo seu ministério e pelo Papa emérito Bento XVI.





Resumo da catequese do Santo Padre:

Quando chamamos «Pai» a Deus, temos em mente a figura do nosso pai terreno; mas este – o nosso pai terreno – não era perfeito, como nós próprios, aliás, também não seremos pais ou pastores perfeitos.
As nossas relações de amor estão sempre marcadas pelos nossos limites e o nosso egoísmo, inquinadas por desejos de domínio ou de manipulação do outro.
Somos mendigos que corremos o risco de nunca encontrar, na própria estrada, aquele tesouro que procuramos desde o primeiro dia da vida: o amor.
Por isso, ao aplicar a Deus a imagem que temos do nosso pai, precisamos de a afinar, purificar.
O amor de Deus é o do Pai «que está nos céus», como Jesus nos convida a rezar: «Pai nosso, que estais nos céus».
O nosso amor é frágil e intermitente, mas existe outro amor: o amor do Pai, que está nos céus; é o amor total, que nesta vida saboreamos apenas de forma imperfeita.
A sede de amor, que todos sentimos, é o convite a conhecer Deus que é Pai.
Por exemplo, a conversão de Santo Agostinho passou por aqui: aquele jovem e brilhante orador procurava simplesmente entre as criaturas algo que nenhuma criatura lhe podia dar, até ao dia em que teve a coragem de levantar o olhar; nesse dia, conheceu Deus.
A expressão «que estais nos céus» não significa distância, mas uma diversidade radical, outra dimensão.

Por isso, meus irmãos e minhas irmãs, não temais!
Nenhum de nós está sozinho!
Se, por infeliz sorte, o teu pai terreno se tivesse esquecido de ti e, por isso, estivesses zangado com ele, quero que saibas que não te é negada a experiência fundamental da fé cristã: a de saber que és filho muito amado de Deus e que nada na vida pode apagar este amor d’Ele por ti.




Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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