Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 1 de maio de 2019

DEUS LUTA POR NÓS, NÃO CONTRA NÓS


O Papa Francisco explicou hoje a penúltima invocação do Pai Nosso:
"Não nos deixeis cair em tentação" (Mt 6, 13)
   
   
Esta invocação, afirmou, introduz-nos no âmago do drama, isto é, no terreno do confronto entre a nossa liberdade e as insídias do maligno.
Independentemente da interpretação do texto, deve-se excluir que Deus seja o protagonista das tentações que pairam sobre o caminho do homem.

Os cristãos não lidam com um Deus invejoso, em competição com o homem, ou que gosta de colocá-lo à prova", disse o Papa Francisco.
Pelo contrário, quando o mal aparece na vida do homem, combate ao seu lado, para que possa ser libertado.

Um Deus que combate por nós, não contra nós.
É um Pai.
É nesse sentido que rezamos o Pai Nosso."

Deus está sempre connosco, prosseguiu o Papa:

"Quando nos dá a vida, durante a vida, nas alegrias, nas provações, na tristeza, nos fracassos quando pecamos.
Mas sempre connosco porque é Pai, não pode abandonar-nos".

Jesus foi tentado no deserto por Satanás.
A sua vida pública começou assim, recordou o Papa.
Alguns recriminam:

Mas porque falar do diabo, é uma coisa antiga, não existe.
Mas o Evangelho ensina-nos que Jesus enfrentou o diabo.
E saiu vitorioso".

Quando Jesus se retira para rezar no Getsêmani, o seu coração é invadido por uma angústia indescritível.
Ele experimenta a solidão e o abandono a ponto de pedir aos seus amigos: "Ficai aqui e vigiai comigo" (Mt 26, 38).
Mas eles adormeceram.

Mas no tempo em que o homem conhece sua provação, Deus ao invés vigia.

Nos momentos mais difíceis da nossa vida, mais sofridos, mais angustiantes, Deus vigia connosco, luta connosco, sempre perto de nós.
Por quê?
Porque é Pai.
Assim começamos a oração: Pai Nosso.
Um Pai não abandona seus filhos.”

O Santo Padre termina com a seguinte oração:

"Afasta de nós, ó Deus, o tempo de provação e da tentação.

Mas quando chegar para nós este tempo, mostra-nos que não estamos sozinhos, que o Cristo já tomou sobre si o peso dessa cruz, e nos chama a carregá-la com Ele, abandonando-nos confiantes no amor do Pai."






Resumo da catequese do Santo Padre:

A penúltima invocação do Pai-Nosso – «não nos deixeis cair em tentação» – entra no terreno do confronto entre a nossa liberdade e as ciladas do maligno.

Nós sabemos que o Pai do Céu combate ao nosso lado, para não soçobrarmos na prova e na tentação.
Estes dois momentos aparecem misteriosamente presentes na vida do próprio Jesus: as tentações ao início da sua vida pública e, no final desta, a prova bem explícita na agonia do Jardim das Oliveiras.
São precisamente estes textos evangélicos que nos mostram como o Pai do Céu atende a referida invocação: não nos deixa sozinhos, mas, em Jesus, manifesta-se como Deus connosco até às consequências extremas.
Na prova do Getsémani, acontece algo de inesperado: Jesus, que nunca mendigara amor para Si mesmo, naquela noite sente a sua alma invadida por uma tristeza de morte e pede a proximidade dos seus discípulos: «Ficai aqui e vigiai comigo».
Eles, porém, adormeceram…

Na hora da agonia, Deus pede ao homem para não O abandonar, mas o homem adormece.
Pelo contrário, na hora em que o homem experimenta a prova, Deus vela.
Aquela noite de sofrimento e luta constitui o extremo sinal da Encarnação: Deus desce para nos encontrar nos nossos abismos e dores de parto que constelam a história.
O nosso conforto na hora da prova é saber que este vale de lágrimas, desde quando Jesus o atravessou, já não é pura desolação, mas está abençoado pela presença do Filho de Deus.
Ele nunca nos abandona.
Por isso, na hora da prova e da tentação, abandonemo-nos, confiantes, ao amor do Pai.



O desemprego é tragédia mundial

Na sua saudação final o Papa pediu a intercessão de São José operário para aqueles que perderam o emprego.

No Dia do Trabalhador, o Papa Francisco definiu o desemprego como uma “tragédia mundial” e pediu a intercessão de São José por aqueles que perderam o próprio emprego ou não conseguem encontrá-lo.

O Santo Padre fez votos de que a figura de São José, “o humilde trabalhador de Nazaré, nos oriente em direcção a Cristo, sustente o sacrifício daqueles que praticam o bem neste mundo e interceda por aqueles que perderam o próprio emprego ou não conseguem encontrá-lo, uma tragédia mundial nestes tempos”.



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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