Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

NÃO FAZER TURISMO ESPIRITUAL NA IGREJA, MAS VIVER COMO IRMÃOS



«Entre eles tudo era comum» (At 4,32)

O tema da 6ª catequese sobre os Actos dos Apóstolos
   
   
Na catequese desta Quarta-feira o Papa Francisco comentou a “comunhão integral na comunidade dos fiéis” e afirmou que uma vida marcada somente em tirar proveito e vantagem das situações em detrimento dos outros provoca inevitavelmente a morte interior.


Fracassar na sinceridade do compartilhar ou fracassar na sinceridade do amor, significa cultivar a hipocrisia, distanciar-se da verdade, tornar-se egoísta, extinguir o fogo da comunhão e entregar-se ao frio da morte interior.
Aqueles que se comportam assim passam pela Igreja como turistas.
Há muitos turistas na Igreja que estão sempre a passar, mas que nunca entram na Igreja: é o turismo espiritual que os faz acreditar que são cristãos, enquanto são apenas turistas das catacumbas.
Não, não devemos ser turistas na Igreja, mas irmãos uns dos outros.
Uma vida definida apenas em lucrar e aproveitar as situações à custa dos outros causa inevitavelmente a morte interior.
E quantas pessoas dizem que estão perto da Igreja, amigos dos padres, dos bispos, quando estão apenas em busca do seu próprio interesse.


Que o Senhor, peço por todos nós, derrame sobre nós o seu Espírito de ternura que vence toda a hipocrisia e coloca em circulação aquela verdade que alimenta a solidariedade cristã, a qual, longe de ser uma actividade de assistência social, é uma expressão irrenunciável da natureza da Igreja que, como mãe cheia de ternura, cuida de todos os filhos, especialmente dos mais pobres.”




Resumo da catequese do Santo Padre:

A comunidade cristã nasce da efusão do Espírito Santo e cresce graças ao fermento da partilha entre os irmãos em Cristo.
Trata-se de um dinamismo de solidariedade que edifica a Igreja como família de Deus, onde a experiência da koinonia é um elemento central.
Esta palavra grega, que significa colocar em comum, partilhar, comungar, refere-se, antes de tudo, à participação no Corpo e Sangue de Cristo, que se traduz na união fraterna.
Esta comunhão configura-se como a nova modalidade de relação entre os discípulos do Senhor, que conflui e se exprime na comunhão dos bens materiais, como no caso de Barnabé referido nos Actos dos Apóstolos.

Ser membro do Corpo de Cristo torna os fiéis corresponsáveis uns pelos outros.
Por isso, é preciso evitar o egoísmo, que contradiz a nossa experiência de fazer parte da única família dos filhos de Deus.

Possa o Espírito Santo alimentar sempre a solidariedade cristã que, longe de ser mera actividade de assistência social, é uma expressão da natureza da Igreja que, como mãe cheia de ternura, cuida de todos os filhos.




Durante quase toda a sua catequese, o Papa Francisco teve a companhia de uma rapariga correndo de um lado para outro, batendo palmas, parando na frente do Santo Padre.

A mãe tentou tirá-la, mas o Papa pediu que ela ficasse.

Antes de se despedir dos fiéis, o Papa Francisco compartilhou uma reflexão:

Quem rezou por ela, pelos seus pais e pela sua família?

Quando vemos uma pessoa que sofre, devemos rezar.





Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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