A fé
é um dom que começa encontrando Jesus, Pessoa real e não um
“deus-spray”: foi o que disse o Papa Francisco na homilia da
Missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta. Da celebração
participaram os funcionários da Inspetoria de Segurança Pública
junto ao Vaticano.
Deus
não é uma presença impalpável, uma essência que se expande ao
nosso redor sem saber bem o que seja. É uma “Pessoa” concreta,
disse o Papa, é um Pai. O trecho do Evangelho de João quando Jesus
diz à multidão que “quem crê tem a vida eterna”, é a ocasião
para Francisco refletir sobre em qual Deus nós acreditamos:
“Um
deus ‘no ar’, um deus-spray que está em todos os lugares, mas
não se sabe o que seja. Nós acreditamos no Deus que é Pai, que é
Filho, que é Espírito Santo, acreditamos em Pessoas. E quando
falamos com Deus, falamos com pessoas: ou falo com o Pai, ou falo com
o Filho ou falo com o Espírito Santo. E esta é a fé.”
No
Evangelho, Jesus afirma ainda que ninguém vem até Ele se não for
atraído pelo Pai. Essas palavras, afirma Papa Francisco, demonstram
que “ir a Jesus, encontrá-lo, conhecê-lo, é um dom”.
“Quem
tem fé, tem a vida eterna, tem a vida. Mas a fé é um dom – é o
Pai quem a dá. Nós devemos continuar este caminho. Todos somos
pecadores, temos sempre algo de errado, mas o Senhor nos perdoa.
Devemos prosseguir sempre, sem nos desencorajar.”
Se
fizermos isso, acontecerá o que referem os Atos dos Apóstolos com
aquele funcionário que descobriu a fé: “E cheio de alegria,
prosseguia o seu caminho:
“É
a alegria da fé, a alegria de ter encontrado Jesus, a alegria que dá
paz: não aquela que dá o mundo, mas a que dá Jesus. Esta é a
nossa fé. Peçamos ao Senhor que nos faça crescer nesta fé, nesta
fé que nos fortalece, que nos torna alegres, essa fé que começa
sempre com o encontro com Jesus e prossegue sempre na vida com os
pequenos encontros cotidianos com Jesus.”
No
final da Missa, o Papa dirigiu um agradecimento especial à
Inspetoria de Segurança Pública junto ao Vaticano pelo serviço
desempenhado na sociedade, um serviço pelo bem comum, que “requer
retidão, vigor, honestidade e serenidade”.
[Texto,
em português do Brasil, publicado pela Rádio Vaticano em 2013-04-18
13:13:25]
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