Decorre esta semana de 9 a 16 de Agosto
A iniciativa, que nasceu há 48 anos, visa “sensibilizar a Igreja, as instituições estatais e a sociedade civil, para os dramas e inquietações” das pessoas em mobilidade.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH), da Igreja Católica em Portugal, publicou uma mensagem em que destaca a necessidade de solidariedade, num momento marcado pela pandemia, que agrava a situação dos migrantes e refugiados.
A mensagem parte do texto que o Papa Francisco escreveu para o 106º Dia Mundial do Migrante e Refugiado (27 de Setembro de 2020), que tem por tema “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir. Acolher, proteger, promover e integrar os deslocados internos”.
Mensagem da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana:
Este tempo gerado pela pandemia é um tempo de desinstalação e provocação, leia-se provocação – tempo de chamamento e discernimento.
Tempo de escuta e reflexão, tempo de pôr em acção os valores que nos edificam enquanto família humana, habitantes de uma casa comum.
A pandemia desnudou o tanto que nos falta fazer para combater as desigualdades, mas sobretudo revelou a capacidade humana de convergir em sociedade, apesar das nossas diferenças.
Enquanto Igreja a nossa fé e a nossa esperança recaem sobre o potencial de humanização que nos habita.
Há 48 anos a Comissão Episcopal que tutela a mobilidade humana entendeu que para melhor sensibilizar a Igreja, as instituições estatais e a sociedade civil, para os dramas e inquietações da diáspora portuguesa seria importante, executar com o auxílio da Obra Católica Portuguesa de Migrações, a Semana Nacional de Migrações.
Com o tempo esse objectivo foi abarcando todas pessoas em mobilidade. No coração desta semana tem permanecido a peregrinação aniversária de Agosto, que soma ao tema escolhido pelo Santuário “Dar graças por viver em Deus” o tema escolhido pelo Santo Padre, para o dia Mundial do Migrante e Refugiado.
Este ano, inspirados pela sua mensagem adoptamos o mesmo tema : “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir”, o enfoque recai sobre as migrações forçadas, as suas causas, os deslocados internos e a cooperação internacional.
Podemos afirmar que é um fenómeno de ontem e de hoje.
Apesar de distante está bem próximo de nós e assim o comprovam as imagens que nos chegam de Cabo Delgado (Moçambique), cuja violência provocou mais de 200.000 pessoas forçadas a sair de suas casas, e escutamos os apelos incessantes, da Diocese de Pemba que os acolhe, à solidariedade Internacional e à rápida intervenção das Instâncias Políticas que tem o poder de travar, o massacre.
Inspirados pela mensagem do Santo Padre que irá assinalar o 106º dia mundial do migrante e refugiado, nas Igrejas católicas de todo o mundo, a 27 de Setembro, quisemos aproveitar a semana para lançar em cada dia, um subtema que ilustra a possibilidade de concretização e operacionalização dos 6 pares de verbos.
Convidamos a embarcar nesta dinâmica os Secretariados Diocesanos de Migrações e Cáritas Diocesanas que acompanham esta realidade, as comunidades católicas de língua portuguesa, as congregações religiosas, paróquias e toda a sociedade civil.
O objectivo é contribuir para que se conheça e compreenda, a fim de: não termos medo de nos aproximar e servir, aprendermos a escutar para reconciliar, a fim de juntos partilharmos para crescer, co-envolver migrantes, refugiados autóctones, para promover comunidades mais inclusivas, estimular a colaboração interinstitucional para construir uma sociedade mais coesa, justa e fraterna, com um lugar para todos.
Queremos muito ir para além do enfoque sobre os deslocados internos, esta é uma oportunidade para ir às periferias sociais e existenciais, e concretizar o que nos permite ser uma sociedade mais capaz de Acolher, Proteger, Promover e Incluir migrantes e refugiados.
Esperamos que nos possam acompanhar nas redes sociais, responder positivamente e colaborar; lançamos esta iniciativa de 9 a 16 de Agosto, mas a sua dinamização continuará até ao dia 27 de Setembro.
Aguardamos que todos os conteúdos sejam enviados para ocpm@ecclesia.pt os vídeos, cartas, depoimentos áudio, as fotos, enfim o material que for chegando, a fim de ser trabalhado e divulgado nas redes sociais.
Esperamos que esta dinâmica seja inspiradora e nos ajude a combater as incertezas, derrubar os muros e construir alicerces de esperança.
Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana
Obra Católica Portuguesa de Migrações
Durante esta semana decorre ainda a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado a Fátima, nos dias 12 e 13 de Agosto.
A Cova da Iria vai acolher sete grupos organizados de peregrinos estrangeiros – da Alemanha, Espanha, Costa do Marfim, Sri Lanka, Itália e Polónia.
O programa da Peregrinação começa a 12 de Agosto, às 21H30, com a recitação do Rosário, seguido da Procissão das Velas e da celebração da Palavra no Altar do Recinto.
No dia 13, às 09H00, decorre a recitação o Rosário internacional, seguido, às 10h00, da Missa Internacional, com a Bênção dos Doentes; a peregrinação termina com a Procissão do Adeus.
“Gesto característico no ofertório da Eucaristia da peregrinação aniversária de 13 de Agosto, e que se manterá, é a oferta de trigo, pelos peregrinos”.
Este gesto remonta a Agosto de 1940, quando um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da Diocese de Leiria, ofereceu 30 alqueires de trigo, destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima.
Fontes: Agência Ecclesia; Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana
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