Para a conclusão dos
”Rencontres Méditerranéennes”
dias 22 e 23 de Setembro de 2023
No início da tarde de hoje, o avião da Ita Airways descolou do Aeroporto Fiumicino com destino à cidade francesa onde o Papa Francisco permanecerá até amanhã, 23 de Setembro, para o encerramento do "Rencontres Méditerranéennes" dedicado ao tema das migrações.
No Aeroporto de Marselha, é recebido pela primeira-ministra, Élisabeth Borne.
Após as homenagens e a apresentação das Delegações, o Papa e a Primeira-ministra têm um breve encontro na Sala Hélène Boucher. De seguida o Papa Francisco segue para o Santuário de Nossa Senhora da Guarda para a Oração Mariana com o clero diocesano na Basílica Notre-Dame-de-la-Garde. No seu discurso destacou a importância da oração, do perdão e do acolhimento ao povo de Deus.
Seguiu-se o Momento de Recolhimento com Líderes Religiosos, junto ao Memorial aos Marinheiros e Migrantes desaparecidos no mar, na presença de membros de Marselha Espérance, de uma delegação de Stella Maris, uma delegação da Caritas GapBriançon, uma delegação do serviço diocesano para a Pastoral dos Migrantes e uma delegação de associações de socorro, para uma oração pelos migrantes que morreram no mar. "Enfrentemos, unidos, os problemas, não façamos naufragar a esperança", exortou Francisco. "Nós, crentes, devemos ser modelo de acolhimento recíproco e fraterno", acrescentou, sem nos habituarmos com os irmãos "afogados no medo": "perante um drama assim não servem palavras, mas factos; e, antes ainda, serve humanidade: silêncio, pranto, compaixão e oração".
Nos dois encontros, o Santo Padre recordou o que significa crer em Deus: acolher e não rejeitar. E afirmou que a humanidade se encontra numa encruzilhada. De um lado, a fraternidade; de outro, a indiferença.
“Qual caminho estamos a escolher?”
"Diante de nós, temos o mar, fonte de vida; mas este lugar evoca a tragédia dos naufrágios, que provocam a morte. Estamos reunidos em memória daqueles que não sobreviveram, que não foram salvos. Não nos habituemos a considerar os naufrágios como meras notícias de jornal, nem os mortos no mar como números: são nomes e apelidos, são rostos e histórias, são vidas despedaçadas e sonhos desfeitos. Penso em muitos irmãos e irmãs afogados no medo, juntamente com as esperanças que traziam no coração. Perante um drama assim não servem palavras, mas factos; e, antes ainda, serve humanidade: silêncio, pranto, compaixão e oração. Convido-vos agora a um momento de silêncio em memória destes nossos irmãos e irmãs: deixemo-nos tocar pelas suas tragédias."
Destaques do 1º dia do Papa Francisco em Marselha:
Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano
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