Profetas na alegria do Evangelho
A liturgia deste décimo quarto Domingo comum desvenda-nos a “estratégia” de Deus para se aproximar de nós e para continuar a sua obra criadora na história: Ele chama pessoas – pessoas frágeis, simples, “normais” – e envia-as a dar testemunho da sua proposta de salvação. Na fragilidade dos seus enviados revela-se a irresistível força de Deus.
A primeira leitura apresenta-nos um extracto do relato da vocação de Ezequiel. A vocação profética é aí apresentada como uma iniciativa de Javé, que chama um “filho de homem” (isto é, um homem “normal”, com os seus limites e fragilidades) e lhe “dá força” para ser, no meio do seu Povo sofredor, arauto da salvação de Deus.
Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto (recorrendo ao seu exemplo pessoal) que Deus actua e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados. Na acção do apóstolo – ser humano, vivendo na condição de finitude, de vulnerabilidade, de debilidade – manifesta-se ao mundo e aos homens a força e a Vida de Deus.
O Evangelho mostra-nos, através do exemplo das gentes de Nazaré, o que pode acontecer quando não entendemos a “estratégia” de Deus para intervir no mundo e na história: arriscamo-nos a passar ao lado de Deus sem o ver, a ignorar os seus desafios, a tratar com indiferença a sua proposta de salvação.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I – Ezequiel 2,2-5
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, o Espírito entrou em mim e fez-me levantar. Ouvi então Alguém que me dizia:
«Filho do homem, Eu te envio aos filhos de Israel, a um povo rebelde que se revoltou contra Mim. Eles e seus pais ofenderam-Me até ao dia de hoje. É a esses filhos de cabeça dura e coração obstinado que te envio, para lhes dizeres: ‘Eis o que diz o Senhor’. Podem escutar-te ou não – porque são uma casa de rebeldes –, mas saberão que há um profeta no meio deles».
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 122 (123)
Refrão: Os nossos olhos estão postos no Senhor, até que Se compadeça de nós.
Levanto os olhos para Vós, para Vós que habitais no Céu, como os olhos do servo se fixam nas mãos do seu senhor.
Como os olhos da serva se fixam nas mãos da sua senhora, assim os nossos olhos se voltam para o Senhor nosso Deus, até que tenha piedade de nós.
Piedade, Senhor, tende piedade de nós, porque estamos saturados de desprezo. A nossa alma está saturada do sarcasmo dos arrogantes e do desprezo dos soberbos.
LEITURA II – 2 Coríntios 12,7-10
Leitura da segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne, – um anjo de Satanás que me esbofeteia – para que não me orgulhe. Por três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele disse-me: «Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se manifesta todo o meu poder». Por isso, de boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas, para que habite em mim o poder de Cristo. Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas adversidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor de Cristo, porque, quando sou fraco, então é que sou forte.
EVANGELHO – Marcos 6,1-6
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?»
E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa».
E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.
Avisos à Comunidade Paroquial:
Na próxima semana o Sr. Padre José Ricardo vai estar de férias e por isso não haverá Missa na Quarta-feira.
Clericus Cup 2024
Decorreu esta semana, de 1 a 3 de Julho, na diocese de Viseu, o XVII Clericus Cup de Portugal, o campeonato nacional de futebol de salão reservado a Sacerdotes praticantes desta modalidade. Participaram sacerdotes das Dioceses de: Viana do Castelo, Braga (duas equipas), Porto, Vila Real (campeões em título), Lamego, Viseu, Guarda e da Congregação dos Padres Vicentinos. A competição tem ainda como objectivo a escolha dos jogadores que representarão Portugal no torneio de Clericus Cup Europeu. A selecção portuguesa foi campeã europeia em 2012, 2015, 2016, 2017 e 2019; em 2023 obteve um honroso segundo lugar. Este ano, a XVI edição do Europeu decorreu no início do mês de Fevereiro, em Shkoder, na Albânia, e a selecção portuguesa foi derrotada pela Polónia, nos penáltis, nos quartos de final.
Este ano, a equipa da Diocese de Vila Real foi a vencedora do torneio nacional. Depois de derrotar a da Diocese do Porto por sete bolas a uma, venceram o torneio ao derrotarem uma das equipas de Braga por cinco bolas a uma. A classificação ficou assim ordenada: em primeiro a Diocese de Vila Real, em segundo a de Braga, em terceiro a de Viana do Castelo e em quarto lugar a do Porto.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 7Jul, às 9H30, XIV Domingo do Tempo Comum - Ano B
Sábado dia 13Jul, às 17H00 – Eucaristia Vespertina
Domingo dia 14Jul, às 9H30, XV Domingo do Tempo Comum - Ano B
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia; Rádio Renascença; Diocese da Guarda; Voz de Trás os Montes
Sem comentários:
Enviar um comentário