«Movidos
pelo amor de Deus»
é
o tema do próximo Plano Diocesano de Pastoral apresentado na passada
Sexta-feira
Integrado
na planificação diocesana para o quinquénio 2015-2020, foi
apresentado na passada Sexta-feira dia 7, na Casa Diocesana de Vilar,
o Plano Diocesano de Pastoral para o ano 2017-2018.
O
Plano dedica atenção particular a:
-
XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a realizar em
Outubro de 2018, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento
vocacional”;
-
IX Encontro Mundial das Famílias, a realizar-se em Dublin, Irlanda,
de 22 a 26 de Agosto de 2018;
-
Carta Apostólica Misericordia et Misera aparece-nos com o propósito
de não «encerrar» mas sim de continuar o Ano Extraordinário da
Misericórdia, de nos fazer “olhar para diante e compreender como
se pode continuar, com fidelidade, alegria e entusiasmo, a
experimentar a riqueza da misericórdia divina”.
Sendo
destacadas três propostas:
.
Um domingo dedicado à Palavra de Deus;
.
O cuidado pastoral por ocasião da morte;
.
O Dia Mundial dos Pobres.
Viver
da caridade, viver a caridade, viver em
caridade, são objectivos do Plano Pastoral.
Sensibilizar,
educar e formar todos os seus membros para a vivência e o testemunho
da caridade - a primeira preocupação de cada comunidade.
Apresentação
do Plano Diocesano de Pastoral 2017-18 pelos nossos Bispos:
1.
A reflexão de S. Paulo (2 Cor 5,14), que inspira este terceiro ano
do Plano
Pastoral,
resume e marca quanto se amplia e sugere nas páginas seguintes.
A
tradução latina do texto de Coríntios (Charitas
enim Christi urget nos)
pode ajudar a sublinhar ainda mais, não a precipitação, mas a
indispensabilidade deste amor, num agora permanente.
Radicados
em Deus, descobrimos o próximo; no encontro com o próximo abraçamos
Deus (cf. Mt 25,31ss).
O
Papa emérito Bento XVI, na Encíclica Deus é amor, diz-nos que “o
amor ao próximo (…) consiste precisamente no facto de que eu amo,
em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer
conheço.
Isso
só é possível a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro
que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o
sentimento”
(DCE, 18).
E
o próximo… está próximo e está longe: aí onde há um ser
humano!
Em
primeiro lugar e especialmente, nos pobres de toda e qualquer
pobreza.
“Os
cristãos são chamados, em todo o lugar e circunstância, a ouvir o
clamor dos pobres”,
recorda-nos o Papa Francisco na Exortação Apostólica A alegria do
Evangelho (EG, 191).
2.
Percebe-se assim, com mais facilidade, que quando, por qualquer meio,
damos as mãos para servir, não nos dispensamos, pessoalmente, do
mandamento novo do amor (cf. Jo 13,34-35).
Seria,
com efeito, como dispensarmo-nos do amor a Deus.
Dito
de modo coloquial: tal como a esmola despersonalizada não é um ato
de caridade, também a caridade organizada não paga a factura das
minhas obrigações para com o próximo.
A
caridade organizada ou, dito globalmente, as instituições
sociocaritativas só conseguirão garantir a sua matriz cristã na
justa medida em que tenham na base a assunção dos valores do
Evangelho por parte dos seus actores.
3.
O Plano Pastoral para o ano 2017/2018 convida-nos, com serena
urgência, a um exame de consciência sobre toda esta realidade, que
é muito mais que mera dimensão do seguimento de Jesus Cristo.
O
que está em causa não são apenas coisas, gestos, instituições.
O
que está em causa é a verdade da nossa condição de discípulos do
Mestre.
Por
isso, afirma com clareza o Papa Francisco, “o testemunho da
caridade é o caminho real da evangelização” (Homilia na
visita pastoral a Campobasso, 05.07.2014).
As
orientações, as propostas, as perguntas são apenas facilitadores
de exame: adaptado, matizado, vivido de acordo com cada situação
concreta; de acordo com a especificidade de cada comunidade; de
acordo com o inalienável respeito devido a cada pessoa nos mais
variados contextos.
O
Plano Pastoral para este ano, somado aos anos anteriores e aos
seguintes, convida a ler a realidade e a responder às perguntas que
se levantam.
O
esforço conjunto de todos constrói e espelha a unidade da Igreja
vivida no âmbito diocesano e na sua união à Igreja Universal.
Vamos
iniciar, no Santuário de Fátima, em peregrinação diocesana, junto
de Maria, a Mãe comovida com as dores e alegrias dos seus filhos e
filhas, o 3.º ano do quinquénio do nosso Plano Diocesano de
Pastoral 2015/2020.
Ali
nos convidava o Papa Francisco, na homilia da Eucaristia de
canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, a “descobrir
novamente o rosto jovem e belo da Igreja, quando é missionária,
acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica em amor” (cf.
Homilia, Fátima, 13.05.2017).
Dissemos
e cantámos, uma e muitas vezes, ao longo do ano que termina: “Com
Maria, renovai-vos nas fontes da alegria”.
É
isso que queremos continuar a fazer: olhar para além das paredes do
templo e, movidos pelo amor de Deus, renovar, com alegria e generosa
amplidão, a nossa relação com o próximo.
Confiemos
de novo e sempre esta amada Igreja do Porto a Maria, Mãe da Igreja,
para que nos sintamos movidos pelo amor de Deus e façamos, com
renovado vigor e alargado horizonte de amor aos irmãos, da alegria
do Evangelho a nossa missão.
Porto,
29 de Junho, solenidade de S. Pedro e de S. Paulo, de 2017
António
Francisco dos Santos, Bispo do Porto
António
Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
Pio
Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
António
Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto
Fonte:
Diocese do Porto
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