Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

HOMILIAS BREVES E BEM PREPARADAS


Na catequese desta Quarta-feira o Papa Francisco recomendou que as homilias das Missa sejam bem preparadas - com a oração - e que não tenham mais de 10 minutos
  
   
Dando continuidade à sua série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco falou nesta Quarta-feira sobre “o Evangelho e a homilia”.

O diálogo entre Deus e o seu povo, que tem lugar na Liturgia da Palavra, alcança a sua plenitude na proclamação do Evangelho, que é precedida pelo canto do Aleluia ou, na Quaresma, por outra aclamação, na qual “a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor que está para falar no Evangelho”.

O Evangelho, de facto, é a luz que ajuda a entender o sentido dos demais textos bíblicos proclamados na Missa, explicou o Papa; por isso é objecto de uma veneração particular: somente um ministro ordenado pode proclamá-lo, que no final beija o livro.

Os fiéis ficam de pé para escutá-lo e fazem o sinal da cruz na testa, na boca e no peito.
As velas e o incenso honram Cristo que, mediante a leitura evangélica, faz ressoar a sua eficaz palavra”.

Levantamo-nos para ouvir o Evangelho, mas é Cristo que nos fala ali.
E por isto nós estamos atentos, porque é uma conversa directa.
É o Senhor que nos fala”.

Portanto, na Missa não lemos o Evangelho - estejam atentos a isto - para saber como foram as coisas, mas ouvimos o Evangelho para tomar consciência que aquilo que Jesus fez e disse uma vez, e aquela Palavra é viva, a Palavra de Jesus que está nos Evangelhos é viva e chega ao meu coração.
Por isto escutar o Evangelho é tão importante, com o coração aberto, porque é Palavra viva”.

Como dizia Santo Agostinho, “a boca de Cristo é o Evangelho - bonita imagem! - Ele reina no céu, mas não deixa de falar na terra”.

E, para fazer chegar a sua mensagem ao seu povo, Cristo também se serve da palavra do sacerdote durante a homilia:

Vivamente recomendada desde o Concílio Vaticano II como parte da própria Liturgia, a homilia está longe de ser um discurso de circunstância, tampouco uma catequese como esta que estou fazendo agora, nem uma conferência, nem mesmo uma aula.
A homilia é outra coisa.
O que é a homilia?”:

É “retomar aquele diálogo que já está aberto entre o Senhor e seu povo, para que encontre cumprimento na vida.
A exegese autêntica do Evangelho é a nossa vida santa!”.

Eu já tratei do tema da homilia na Exortação Evangelii Gaudium, onde recordava que o contexto litúrgico «exige que a pregação oriente a assembleia, e também o pregador, para uma comunhão com Cristo na Eucaristia que transforme a vida»”.

Quem profere a homilia deve realizar bem o seu ministério.
Aquele que prega, o sacerdote, o diácono, o bispo, oferecendo um real serviço a quem participa da Missa, mas também aqueles que ouvem devem fazer a sua parte.
Antes de tudo prestando a devida atenção, assumindo, isto é, as justas disposições interiores, sem pretensões subjectivas, sabendo que cada pregador tem méritos e limites”.

Se às vezes existem motivos para chatear-se pela homilia longa ou não focada ou incompreensível, outras vezes é, pelo contrário, o preconceito a ser o obstáculo”.

O Papa observou que quem faz a homilia, “deve estar consciente de que não está a fazer uma coisa própria, está a pregar, dando voz a Jesus. Está a pregar a Palavra de Jesus”.

E a homilia deve ser bem preparada, deve ser breve, breve! Um sacerdote me dizia que uma vez havia ido a outra cidade onde viviam os pais. E seu pai lhe disse: Sabes, estou contente, porque com os meus amigos encontramos uma igreja onde tem Missa sem homilia!”.

E quantas vezes nós vemos que na homilia alguns dormem, outros conversam ou saem para fumar um cigarro.
Por isto, por favor, que seja breve a homilia, mas que seja bem preparada”.

E como se prepara uma homilia, queridos sacerdotes, diáconos, bispos? Como se prepara?”.

Com a oração, com o estudo da Palavra de Deus e fazendo uma síntese clara e breve, não deve ir além de 10 minutos, por favor”.


Ao concluir, o Papa recordou que na Liturgia da Palavra, por meio do Evangelho e da homilia, Deus dialoga com o seu povo, que o escuta com atenção e veneração e, ao mesmo tempo, o reconhece presente e operante.






Fonte: Noticias do Vaticano


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