«Entre
eles tudo era comum» (At 4,32)
O
tema da 6ª catequese sobre os Actos dos Apóstolos
Na
catequese desta Quarta-feira o Papa Francisco comentou a “comunhão
integral na comunidade dos fiéis” e afirmou que uma vida marcada
somente em tirar proveito e vantagem das situações em detrimento
dos outros provoca inevitavelmente a morte interior.
“Fracassar
na sinceridade do compartilhar ou fracassar na sinceridade do amor,
significa cultivar a hipocrisia, distanciar-se da verdade, tornar-se
egoísta, extinguir o fogo da comunhão e entregar-se ao frio da
morte interior.
Aqueles
que se comportam assim passam pela Igreja como turistas.
Há
muitos turistas na Igreja que estão sempre a passar, mas que nunca
entram na Igreja: é o turismo espiritual que os faz acreditar que
são cristãos, enquanto são apenas turistas das catacumbas.
Não,
não devemos ser turistas na Igreja, mas irmãos uns dos outros.
Uma
vida definida apenas em lucrar e aproveitar as situações à custa
dos outros causa inevitavelmente a morte interior.
E
quantas pessoas dizem que estão perto da Igreja, amigos dos padres,
dos bispos, quando estão apenas em busca do seu próprio interesse.
Que
o Senhor, peço por todos nós, derrame sobre nós o seu Espírito de
ternura que vence toda a hipocrisia e coloca em circulação aquela
verdade que alimenta a solidariedade cristã, a qual, longe de ser
uma actividade de assistência social, é uma expressão
irrenunciável da natureza da Igreja que, como mãe cheia de ternura,
cuida de todos os filhos, especialmente dos mais pobres.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
A
comunidade cristã nasce da efusão do Espírito Santo e cresce
graças ao fermento da partilha entre os irmãos em Cristo.
Trata-se
de um dinamismo de solidariedade que edifica a Igreja como família
de Deus, onde a experiência da koinonia é um elemento
central.
Esta
palavra grega, que significa colocar em comum, partilhar, comungar,
refere-se, antes de tudo, à participação no Corpo e Sangue de
Cristo, que se traduz na união fraterna.
Esta
comunhão configura-se como a nova modalidade de relação entre os
discípulos do Senhor, que conflui e se exprime na comunhão dos bens
materiais, como no caso de Barnabé referido nos Actos dos Apóstolos.
Ser
membro do Corpo de Cristo torna os fiéis corresponsáveis uns pelos
outros.
Por
isso, é preciso evitar o egoísmo, que contradiz a nossa experiência
de fazer parte da única família dos filhos de Deus.
Possa
o Espírito Santo alimentar sempre a solidariedade cristã que, longe
de ser mera actividade de assistência social, é uma expressão da
natureza da Igreja que, como mãe cheia de ternura, cuida de todos os
filhos.
Durante quase toda a sua catequese, o Papa Francisco teve a companhia de uma rapariga correndo de um lado para outro, batendo palmas, parando na frente do Santo Padre.
A
mãe tentou tirá-la, mas o Papa pediu que ela ficasse.
Antes
de se despedir dos fiéis, o Papa Francisco compartilhou uma
reflexão:
Quem
rezou por ela, pelos seus pais e pela sua família?
Quando
vemos uma pessoa que sofre, devemos rezar.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
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