Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 11 de março de 2020

PEDIR A DEUS A GRAÇA DE TER SEMPRE SEDE DE JUSTIÇA

A catequese de hoje foi sem a presença de fiéis e sem abraços
Realizou-se na Biblioteca do Palácio Apostólico com transmissão em directo pelo portal do Vatican News
   
   
O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo sobre as Bem-aventuranças meditando sobre a quarta: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”

Fome e sede são necessidades primárias, dizem respeito à sobrevivência.
Mas fome e sede de justiça falam de outra exigência vital e não se trata de vingança.

Certamente, as injustiças ferem a humanidade; a sociedade humana tem urgência de equidade, de verdade e de justiça social; recordam que o mal sofrido pelas mulheres e pelos homens do mundo chega até o coração do Pai. Qual pai não sofreria pela dor dos seus filhos?”

Mas a fome e a sede de justiça de que fala o Senhor, prosseguiu o Papa, é ainda mais profunda do que a legítima necessidade de justiça humana que todo homem carrega em seu coração.

No próprio “sermão da montanha”, Jesus fala de uma justiça maior do que o direito humano, dizendo: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5,20).
É a justiça que vem de Deus (cfr 1 Cor 1,30).

Nas Escrituras, há uma sede ainda mais profunda do que aquela física.
Como diz o Salmo 63, a nossa alma tem sede de Deus, como terra deserta, árida, sem água.
Santo Agostinho expressou o que significa esse desejo, quando afirmou que o nosso coração permanece inquieto até repousar em Deus.

Em todo coração, até mesmo na pessoa mais corrupta e distante do bem, está escondido um anseio rumo à luz, mesmo se sob os escombros de enganos e erros, há sempre a sede de verdade e de bem, que é a sede de Deus.
É o Espírito Santo que suscita esta sede.”

Por isso a Igreja é enviada a anunciar a todos a Palavra de Deus, porque o Evangelho de Jesus Cristo é a maior justiça que se possa oferecer ao coração da humanidade, que é uma sua necessidade vital, mesmo que não perceba.

Nesta Bem-aventurança, Jesus anuncia que há uma sede que não será desiludida, porque corresponde ao coração próprio de Deus e à semente que o Espírito Santo semeou em nossos corações, concluindo o Papa Francisco:

"Que o Senhor nos dê esta graça, de ter esta sede de justiça, que é a vontade de encontrar, de ver Deus e de fazer o bem aos outros."








Fonte: Notícias do Vaticano

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