Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

VIAGEM APOSTÓLICA AO CAZAQUISTÃO

 



Quarta-feira dia 14Set

Segundo dia da Viagem


   


Esta manhã, na Sala das Conferências do Palácio da Independência, em Nur Sultã, depois de um Momento de Oração em silêncio dos Líderes Religiosos, o Papa participou da abertura e sessão plenária do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais no Palácio da Paz e da Reconciliação, fazendo o seu segundo discurso – a primeira vez que um Papa fala nestes congressos.

Dirigindo-se aos Líderes Religiosos, o Papa Francisco disse que o mundo espera de nós o exemplo de almas despertas e mentes límpidas, espera uma religiosidade autêntica.

Portanto precisamos de religião para responder à sede de paz do mundo e à sede de infinito que habita o coração de cada homem”.

O maior factor de risco do nosso tempo continua a ser a pobreza. Enquanto continuarem a assolar disparidades e injustiças, não poderão cessar os vírus piores do que a Covid, ou seja, os do ódio, da violência, do terrorismo”.

Nunca justifiquemos a violência. Não permitamos que o sagrado seja instrumentalizado por aquilo que é profano. O sagrado não seja suporte do poder, e o poder não se valha de suportes de sacralidade!”.

Ao fim da manhã, o Santo Padre teve alguns encontros privados com líderes religiosos.



À tarde, na Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Santo Padre presidiu à Eucaristia na Praça da Expo.

O Papa falou ao mundo e às consciências, impelindo a buscar realmente a paz, a não ceder ao mal ou se acostumar com ele, referindo os "muitos lugares martirizados pela guerra", como a "querida Ucrânia".

Não nos habituemos à guerra, não nos resignemos à sua inevitabilidade. Socorramos quem sofre e insistamos para que se tente verdadeiramente alcançar a paz.”

Depois, o Papa fez as seguintes perguntas:

O que terá ainda de acontecer? Quantos mortos teremos ainda de contar antes de as contraposições cederem o passo ao diálogo para bem das pessoas, dos povos e da humanidade? A única saída é a paz, e a única estrada para se chegar lá é o diálogo.”

Além da Ucrânia, o Papa também manifestou preocupação pelo que está a acontecer no Cáucaso entre o Azerbaijão e a Arménia em relação à disputada região de Nagorno-Karabakh que se proclamou independente em 1991, após um conflito entre os dois países. Até ao momento, quase cem soldados morreram entre Baku e Yerevan nos confrontos fronteiriços que começaram na última terça-feira (13/09) de manhã e até agora congelados, pelo menos em parte, em um cessar-fogo acordado sob forte pressão da Comunidade Internacional.

Soube com preocupação que nestas horas surgiram novos focos de tensão na região do Cáucaso. Continuamos a rezar para que nesses territórios o confronto pacífico e a concórdia possam prevaleçer sobre as disputas. Que o mundo aprenda a construir a paz, limitando a corrida armamentista e convertendo as enormes despesas de guerra em apoio concreto às populações.”

[A região do Cáucaso é constituída pela Geórgia, Arménia, Azerbaijão, ex-repúblicas da União Soviética, e pela Turquia e Irão]



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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