Partilhar os bens recebidos
A liturgia deste domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo... Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuitidade e amor.
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projecto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.
O Evangelho apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens... Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens... Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.
A segunda leitura não apresenta uma relação directa com o tema deste domingo... Traça o perfil do "homem de Deus": deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I - Am 6,1a.4-7
Leitura da Profecia de Amos
Eis o que diz o Senhor omnipotente:
«Ai daqueles que vivem comodamente em Sião e dos que se sentem tranquilos no monte da Samaria. Deitados em leitos de marfim, estendidos nos seus divãs, comem os cordeiros do rebanho e os vitelos do estábulo. Improvisam ao som da lira e cantam como David as suas próprias melodias. Bebem o vinho em grandes taças e perfumam-se com finos unguentos, mas não os aflige a ruína de José. Por isso, agora partirão para o exílio à frente dos deportados e acabará esse bando de voluptuosos».
LEITURA II - 1 Tim 6,11-16
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo
Caríssimo:
Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas. Ordeno-te na presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu testemunho da verdade diante de Pôncio Pilatos: guarda este mandamento sem mancha e acima de toda a censura, até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele a honra e o poder eterno. Ámen.
EVANGELHO - Lc 16,19-31
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus:
«Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas'.
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo'.
O rico insistiu: 'Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento'.
Disse-lhe Abraão: 'Eles têm Moisés e os Profetas. Que os oiçam'.
Mas ele insistiu: 'Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão'.
Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'.
Avisos à Comunidade Paroquial:
Os Símbolos da JMJ Lisboa 2023 chegam à nossa Diocese no próximo Sábado
Na tarde de Sábado dia 1 de Outubro, os símbolos da JMJ - a Cruz Peregrina e o Ícone Mariano “Salus Populi Romani” - vão descer o Rio Douro, de barco, desde a Régua até à Ribeira no Porto, com chegada prevista pelas 17H30, subindo depois até à Sé para o início oficial da peregrinação na Diocese do Porto.
No dia seguinte, pelas 16H00, haverá Missa Solene com os símbolos da JMJ na Santuário Diocesano do Monte da Virgem Imaculada em Vila Nova de Gaia. Aí será feito o envio dos símbolos para a Vigararia de Espinho-Ovar.
Nos Domingos seguintes, sempre pelas 16H00, haverá Missa na presença dos símbolos JMJ: dia 9, no Santuário de Nossa Senhora de La Sallete em Oliveira de Azeméis; no dia 16 no Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Penafiel; no dia 23 no Santuário de Nossa Senhora da Assunção em Santo Tirso e no dia 30 no Seminário do Bom Pastor em Ermesinde.
Nos dias 23 a 25 de Outubro, os símbolos estarão na Vigararia da Trofa-Vila do Conde – os pormenores serão dados a conhecer posteriormente.
Os símbolos da JMJ, depois de peregrinar numa corrente de oração, partilha e convívio pelas 22 Vigararias da nossa Diocese, serão entregues à Diocese de Setúbal no dia 30 de Outubro.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 25Set, às 9H30 – XXVI Domingo do Tempo Comum - Ano C
Quarta-feira dia 28Set, às 19H00 – Eucaristia
Sábado dia 1Out, às 17H00 – Eucaristia Vespertina na Capela de São Pantaleão
Domingo dia 2Out, às 9H30 – XXVII Domingo do Tempo Comum - Ano C
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia; Diocese do Porto
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