Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 5 de novembro de 2022

VIAGEM APOSTÓLICA AO BARÉM

 



Sábado dia 5Nov


Terceiro dia da Viagem

   


Destaques do 3º dia da Viagem Apostólica ao Barém:



O primeiro compromisso do Papa Francisco neste Sábado (05/11) foi a Santa Missa pela Paz e Justiça, celebrada no Estádio Nacional do Barém. O Santo Padre iniciou a homilia citando Isaías que afirmou que o Messias que vem é verdadeiramente poderoso, mas “não como um líder que guerreia e domina sobre os outros, mas como ‘Príncipe da paz’ (9, 5), como Aquele que reconcilia os homens com Deus e entre si. A grandeza do seu poder não se serve da força da violência, mas da debilidade do amor”.

Este é o poder de Cristo: o amor. E confere também a nós o mesmo poder, o poder de amar, de amar em Seu nome, de amar como Ele amou. Como? De modo incondicional: não só quando as coisas correm bem e temos vontade de amar, mas sempre; não apenas aos nossos amigos e vizinhos, mas a todos, mesmo os inimigos”.

E convidou a reflectir sobre dois temas: “amar sempre e amar a todos”.

Aqui está o que nos pede o Senhor: que não sonhemos idealisticamente com um mundo animado pela fraternidade, mas que nos comprometamos – principiando nós mesmos – a viver concreta e corajosamente a fraternidade universal, perseverando no bem mesmo quando recebemos o mal, quebrando a espiral da vingança, desarmando a violência, desmilitarizando o coração”.



Na parte da tarde, o Papa Francisco visitou a Escola do Sagrado Coração na cidade de Awali para um encontro com cerca de 800 jovens. No seu discurso Francisco disse que “estava contente por ter visto o Reino do Barém, como um país de encontro e diálogo entre diferentes culturas e credos”. Em seguida dirigindo-se aos jovens presentes disse: “E agora tendo-vos diante dos olhos – vós, que não sois da mesma religião e não tendes medo de estar juntos –, penso que uma tal convivência das diferenças não seria possível sem vós; nem teria futuro!”. Ainda elogiando os jovens disse:

Como se fôsseis inquietos viajantes abertos ao inédito, vós, jovens, não temeis confrontar-vos, dialogar, ‘fazer barulho’ e misturar-vos com os outros, tornando-vos a base duma sociedade amiga e solidária”

E fez três convites. O primeiro convite que o Papa fez aos jovens foi o de abraçar a cultura do cuidado. “Cuidar”, disse, “significa desenvolver uma atitude interior de empatia, um olhar atento que nos leva para fora de nós mesmos, uma presença gentil que vence a indiferença e nos impele a interessar-nos pelos outros”.

Este é o ponto de mudança, o início da novidade, o antídoto contra um mundo fechado que, impregnado de individualismo, devora os seus filhos; contra um mundo enclausurado pela tristeza, que gera indiferença e solidão”.

O Papa Francisco continuou suas palavras afirmando que se abraçarmos a cultura do cuidado contribuímos para fazer crescer a semente da fraternidade. E aqui está o segundo convite que vos quero dirigir: semear fraternidade.

Sede campeões de fraternidade. Este é o desafio de hoje para vencer amanhã, o desafio das nossas sociedades cada vez mais globalizadas e multiculturais”.

Ao fazer o terceiro convite, relacionado com o desafio de fazer opções na vida, Francisco disse: “Como bem sabeis pela experiência de cada dia, não existe uma vida sem desafios a enfrentar. E perante um desafio, como numa encruzilhada, sempre é preciso escolher, entrar no jogo, arriscar, decidir. Mas isto requer uma boa estratégia: não se pode improvisar, vivendo só por instinto ou circunscrito a cada instante!”. E como fazer? “Trata-se de crescer na arte de se orientar nas escolhas, de tomar as justas direcções”, acrescentou. Concluindo este ponto disse:

O meu conselho é este: avançar sem medo, e nunca sozinhos! Deus não vos deixa sozinhos, mas, para vos dar uma mão, espera que Lha peçais. Acompanha-nos e guia-nos, não com prodígios e milagres, mas falando delicadamente através dos nossos pensamentos e sentimentos”.

E exortou os jovens:

Queridos jovens, precisamos de vós, da vossa criatividade, dos vossos sonhos e da vossa coragem, da vossa simpatia e dos vossos sorrisos, da vossa alegria contagiante e também daquele mínimo de turbulência que sabeis trazer a cada situação e que ajuda a sair do torpor de hábitos e esquemas repetitivos em que às vezes encaixilhamos a vida. Como Papa, quero dizer-vos: a Igreja está convosco e tem tanta necessidade de vós, de cada um de vós, para rejuvenescer, explorar novas sendas, experimentar novas linguagens, tornar-se mais jubilosa e hospitaleira”.



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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