Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 13 de março de 2023

QUERO A PAZ COMO PRESENTE

 




pelos meus dez anos como Papa

   


O Papa contou a sua história num podcast produzido pelos meios de comunicação social do Vaticano, no décimo aniversário de seu pontificado, onde afirmou:

"Eu não pensava que seria o Papa na época da Terceira Guerra Mundial".

"O momento mais bonito? O encontro com os idosos em São Pedro".

"O que eu não queria ter visto eram os meninos que morreram nos conflitos".


Dez anos de Pontificado do Papa Francisco

(Editorial de Andrea Tornielli e Andrea Monda)

Na noite de 13 de Março de 2013, Jorge Mario Bergoglio apareceu pela primeira vez na varanda central da Basílica de São Pedro vestido de branco. Juntamente com a homenagem afectuosa ao seu predecessor emérito, a sua saudação inicial já continha alguns traços salientes do pontificado: a ênfase em ser o Bispo de Roma, a Igreja «que preside na caridade a todas as Igrejas»; a centralidade do povo fiel de Deus ao qual o novo Pastor pediu uma bênção antes de a conceder; a oração por «uma grande fraternidade» no mundo dilacerado pela injustiça, violência e guerras. Nos dias que se seguiram, o Papa explicou o significado do nome que quis assumir, ligando-o ao sonho de «uma Igreja pobre e para os pobres»: Francisco de Assis, disse ele, é «o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e protege a criação». E alguns meses depois, em Novembro do mesmo ano, o Papa publicou a exortação Evangelii gaudium, verdadeiro roadmap do pontificado, pedindo aos cristãos que testemunhem com a própria vida a alegria do Evangelho, para levar a toda parte, e em particular aos que mais sofrem, a proximidade e a ternura de um Deus que perdoa, acolhe, abraça.

Dez anos mais tarde, perguntamo-nos como celebrar este aniversário nos meios de comunicação social do Vaticano, e dos nossos diálogos surgiu a ideia de não sermos nós a falar do Papa Francisco, mas de dar espaço ao que o seu testemunho e o seu Magistério suscitaram ou ajudam a crescer. Assim, escolhemos dar a palavra às testemunhas, nas mais diversas situações do mundo. Àqueles que todos os dias reconhecem o rosto do Nazareno no sofrimento, nos descartados, nos distantes. Àqueles que contam pequenas grandes histórias que documentam o poder inerme do amor e o milagre do perdão em contextos de ódio ou indiferença. Cada uma delas descreve a reverberação de um dos temas principais do pontificado, compondo um mosaico que reacende a esperança. Uma esperança que é possível, apesar dos muitos sinais sombrios a que infelizmente assistimos, o primeiro dos quais é o risco cada vez mais concreto para a humanidade de se auto-destruir.

Dar voz às testemunhas pareceu-nos a forma mais apropriada de nos sintonizar com o povo de Deus que ama Francisco e continua a rezar por ele. Aquele povo segue o Papa, e juntamente com ele dirige-se a Jesus com as palavras de Pedro, reconhecendo a fonte de esperança e salvação: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo».

Ad multos annos Santo Padre!


2013 - Papa Francisco, a Igreja pobre e a JMJ no Brasil

O primeiro ano de Pontificado já foi rico de palavras e gestos-chave: paz, proximidade, pobreza, periferias. Teve a escolha do Papa Francisco para ir a Lampedusa, na Itália; a primeira participação em uma Jornada Mundial da Juventude, que foi no Rio de Janeiro, no Brasil; e o profundo afecto e partilha com o Papa Emérito, fio condutor do Pontificado desde o seu início.


2014 - O Papa Francisco e a paz

Não muros, mas pontes: é a mensagem de reconciliação e diálogo que guia o Papa Francisco também no segundo ano do seu Pontificado, o ano da viagem à Terra Santa nos passos de seus antecessores e da entrada em uma mesquita na Turquia. Mas também o ano que o vê dirigir um apelo aos líderes europeus para que a dignidade seja sempre maior do que o lucro.



2015 - O Papa Francisco e a Laudato si'

O cuidado da "casa comum" e a protecção aos mais vulneráveis, garantindo "tecto, trabalho e terra". O Papa Francisco viveu um ano cheio de acontecimentos que deixaram sua marca: da assinatura da Encíclica Laudato si' à viagem a Cuba, da oração comovente no 'Ground Zero' até ao discurso na ONU.



2016 – O Papa Francisco e o Jubileu da Misericórdia

A Porta Santa de São Pedro abre-se e escancara-se ao mundo o significado de "o que mais agrada a Deus", "perdoar os Seus filhos". O Ano Santo para Francisco é um longo abraço, começando com aquele histórico com o Patriarca Ortodoxo de Moscovo e de Todas as Rússias, Kirill.



2017 – O Papa Francisco e os pobres

"O passaporte para o Paraíso": são os pobres para Francisco. Nasceu neste ano, o primeiro Dia Mundial dedicado a eles. Em 2017, o Papa viajou ao Egipto, onde começou um caminho de fraternidade que continua a dar frutos, e foi até ao distante Mianmar para compartilhar a dor e as lágrimas do povo Rohingya.



2018 – O Papa Francisco e a esperança dos jovens

Um Sínodo para falar sobre eles e com eles: 2018 traz ao Vaticano a voz das novas gerações, seus sorrisos, suas esperanças, seus questionamentos. Um vento novo passa pela Igreja que o Papa leva a um acordo histórico com a China.



2019 – O Papa Francisco e a Fraternidade Humana

Viver juntos como uma única família: de Abu Dhabi, o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Al-Tayeb, lançaram a sua mensagem ao mundo para ser difundida e promovida. Este é o ano que também viu o Papa dar vida a um Sínodo dedicado às emergências da região Pan-Amazónica e consolidar um processo de purificação e renovação da Igreja sobre o tema da protecção de menores abusados.



2020 - O Papa Francisco e a Barca de Pedro

A pandemia de Covid-19: ao mundo que enfrenta com dor e sacrifícios um momento histórico dramático, o Papa fez constantemente sentir a sua proximidade em oração. Imagens, gestos e palavras inesquecíveis marcaram este ano, com a certeza de que "Deus não nos deixa à mercê da tempestade".



2021 - O Papa Francisco e "a esperança é mais forte"

Do Iraque a Lesbos: O Papa fez-se peregrino de paz na bacia do Mediterrâneo, onde a humanidade corre o risco de um "naufrágio da civilização". O Papa continuou acompanhando o mundo em direcção à lenta saída da pandemia, com oração e confiando à Maria, mas também com apelos para uma distribuição justa das vacinas contra a Covid.


2022-2023 – O Papa Francisco e a terceira guerra mundial

A "atormentada" Ucrânia é apenas a última peça do mosaico de um mundo mergulhado no abismo da guerra que destrói tudo, e que leva o Papa às lágrimas. Os apelos de Francisco às consciências neste ano e meio são contínuos, como os passos dados em nome da verdade, reconciliação e diálogo com as viagens ao Canadá, Cazaquistão, Bahrein e África. Um ano que termina com o retorno de Bento XVI à Casa do Pai.




Fonte: Notícias do Vaticano



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