Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

VIAGEM APOSTÓLICA À MONGÓLIA (I)

 



A 43ª do Papa Francisco e que

tem por lema "Esperar juntos"

   


Na sua quadragésima terceira Viagem Apostólica, o Papa Francisco estará de 31 de Agosto a 4 de Setembro em Ulan Bator, capital da Mongólia. O lema "Esperar juntos" é fundamental para entender a viagem, porque - explica o cardeal secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin - há muita necessidade de esperança, "uma esperança que não é uma expectativa vazia, mas que se baseia, pelo menos para nós cristãos, na fé, ou seja, na presença de Deus em nossa história, e que ao mesmo tempo se transforma em compromisso pessoal e colectivo".

Passavam poucos minutos das 17H30 (hora de Lisboa) desta Quinta-feira 31 de Agosto, quando o avião descolou do Aeroporto Fiumicino, em Roma, com destino à Ulan Bator, capital da Mongólia. Um voo de cerca de 9 horas e meia e que percorrerá pouco mais de 8 000 quilómetros.

A diferença de fuso horário em relação a Portugal é de +7, ou seja, o Papa chegará ao Aeroporto Internacional"Chinggis Khann", em Ulan Bator, às 10 horas, horas locais, 3 da manhã, pelo nosso horário. No aeroporto da capital da Mongólia terá lugar uma recepção oficial, não estando previstos discursos. Do aeroporto, o Papa Francisco segue para a Prefeitura Apostólica, distante 51 km, onde descansa e se prepara para as actividades públicas que terão início no dia seguinte, Sábado, pelas 9 horas locais.


A Mongólia é um país sem costa marítima localizado na Ásia Oriental e Central. Faz fronteira com a Rússia no norte e com a República Popular da China no sul, leste e oeste. País com cerca de três milhões e trezentos mil habitantes e dezassete vezes maior que Portugal, tem como capital a cidade de Ulan Bator, o lar de 45% da população do país. O sistema político vigente na Mongólia é de uma república semi-presidencialista. É um país de maioria budista onde a Igreja Católica voltou a florescer há apenas 31 anos.



Em 2003, o Papa João Paulo II tinha planeado visitar a Mongólia, quando os planos foram cancelados devido ao agravamento de suas condições de saúde.


Ao visitar este país asiático, o Papa Francisco encontrará uma das menores Igrejas do mundo. A Mongólia, de facto, é uma terra onde - após a primeira proclamação do Evangelho feita no primeiro milénio, da qual todos os vestígios foram depois perdidos - a Igreja renasceu há apenas trinta e um anos atrás e conta hoje com cerca de 1 500 católicos. Uma periferia à qual o Papa mostrou grande atenção, com a escolha feita no ano passado de criar cardeal o jovem prefeito apostólico Giorgio Marengo, um missionário italiano da Consolata.

Depois de séculos de ausência, no início da década de 1990, após a pacífica transição democrática do país, ela recomeçou praticamente do zero. Os primeiros missionários chegaram como pioneiros, aprenderam o idioma, começaram a celebrar nos lares, sentiram que o caminho a seguir deveria ser o caminho da caridade e abraçaram a população local como se fosse seu próprio povo. Assim, depois de apenas algumas décadas, existe uma comunidade católica no sentido literal do termo, ou seja, uma comunidade "universal", composta por membros locais, mas também por membros de vários países, que, com humildade, mansidão e senso de pertença, desejam ser uma pequena semente de fraternidade.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; Google Maps

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