Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 7 de dezembro de 2024

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA – Ano C

 




Acolher o sim de Maria

   


Caminhada Diocesana do Advento ao Baptismo do Senhor 2024-25

Tu és Estrela. Eu sou o peregrino! Com todos e para o bem de todos.

2.ª semana do Advento - Solenidade da Imaculada Conceição

- Dar corpo à esperança!

A ditosa esperança tem um exemplo perfeito: Maria, Mãe de Jesus. O Advento é o tempo por excelência de Maria, a Virgem da espera. “A esperança é a virtude da vida quotidiana, na qual se faz o possível e se confia a Deus o impossível” (K. Rhaner). A solenidade da Imaculada Conceição celebra-se como “preparação radical para a vinda do Salvador e feliz princípio da Igreja sem mancha nem ruga” (São Paulo VI, Marialis cultus, 3). Com o seu «sim» abriu a Deus a porta do nosso mundo: o seu coração de jovem estava cheio de esperança, totalmente animada pela fé; e assim Deus escolheu-a e ela acreditou na sua palavra. Ao lado de Maria está José, descendente de Jessé e de David; também ele acreditou nas palavras do anjo e, olhando para Jesus na manjedoura, medita que aquele Menino vem do Espírito Santo, e que o próprio Deus lhe ordenou que o chamassem assim. Na sua exemplaridade para a Igreja, Maria é plenamente a Virgem do Advento, na dupla dimensão que tem sempre na liturgia a sua memória: presença e exemplaridade, Presença litúrgica na Palavra e na oração, para uma memória agradecida d’Aquela que transformou a espera em presença, a promessa em dom.

- Peregrinas de esperança: As grávidas.

Enquanto há vida há esperança; enquanto há esperança, há vida. Diz-se de uma mulher grávida, que está de “esperanças”. “A mãe, que o traz no ventre, precisa de pedir luz a Deus para poder conhecer em profundidade o seu próprio filho e saber esperá-lo como ele é. Alguns pais sentem que o seu filho não chega no melhor momento; faz-lhes falta pedir ao Senhor que os cure e fortaleça para aceitarem plenamente aquele filho, para o esperarem com todo o coração. É importante que aquela criança se sinta esperada. Não é um complemento ou uma solução para uma aspiração pessoal, mas um ser humano, com um valor imenso, e não pode ser usado para benefício próprio” (Papa Francisco, Amoris laetitia, 170).



A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de Dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV em 28 de Fevereiro de 1477. No entanto, o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria só foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 8 de Dezembro de 1854, através da Bula Ineffabilis Deus. Nesta solenidade a liturgia propõe-nos o exemplo de Maria, a mulher sempre disponível para abraçar as indicações e os projetos de Deus.

Na segunda leitura Paulo reflecte sobre “o mistério”, o projecto de Deus para o mundo e para os homens. Esse projecto, inscrito desde sempre na mente do próprio Deus, foi-nos revelado por Jesus Cristo. Com a sua vida, as suas palavras, os seus gestos, o seu amor até ao extremo, Cristo disse-nos como devíamos viver para encontrar vida em plenitude. Cada um de nós terá de fazer a sua opção e de dar a sua resposta à oferta que Deus nos faz.

Na primeira leitura, recorrendo às figuras míticas de Adão e Eva, a catequese de Israel mostra-nos a humanidade que rejeita as propostas de Deus e prefere trilhar caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, à margem de Deus. Essa opção afasta os seres humanos da vida verdadeira; atira-os para um horizonte de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.

O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.


Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:


LEITURA I – Génesis 3,9-15.20

Leitura do Livro do Génesis

Depois de Adão ter comido da árvore, o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?»

Ele respondeu: «Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me».

Disse Deus: «Quem te deu a conhecer que estavas nu? Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?»

Adão respondeu: «A mulher que me destes por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi».

O Senhor Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?»

E a mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi».

Disse então o Senhor à serpente: «Por teres feito semelhante coisa, maldita sejas entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Hás-de rastejar e comer do pó da terra todos os dias da tua vida. Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar».

O homem deu à mulher o nome de ‘Eva’, porque ela foi a mãe de todos os viventes.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)

Refrão: Cantai ao Senhor um cântico novo: o Senhor fez maravilhas.

Cantai ao Senhor um cântico novo, pelas maravilhas que Ele operou. A sua mão e o seu santo braço Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação revelou aos olhos das nações a sua justiça. Recordou-Se da sua bondade e fidelidade em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.


LEITURA II – Efésios 1,3-6.11-12

Leitura da Primeira Epístola de São Paulo aos Efésios

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. Em Cristo fomos constituídos herdeiros, por termos sido predestinados, segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo.


EVANGELHO – Lucas 1,26-38

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José. O nome da Virgem era Maria.

Tendo entrado onde ela estava, disse o anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».

Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.

Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».

Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?»

O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível».

Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».


Avisos à Comunidade Paroquial:


Celebrações Eucarísticas


Domingo dia 8Dez, às 9H30, Solenidade da Imaculada Conceição - Ano C - (Festa da Ave Maria para as crianças do 1.º ano da Catequese Paroquial)


Quarta-feira dia 11Dez, às 19H00, Eucaristia 7º Dia de António de Sousa Azevedo


Sábado dia 14DezNov, às 17H00, Eucaristia Vespertina

Domingo dia 15Dez, às 9H30, III Domingo do Advento - Ano C30º Dia de António Maia de Sá


Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia


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