Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 12 de abril de 2025

DOMINGO DE RAMOS – Ano C

 




Contemplar a cruz com paixão

   


Ancorar na Cidade da esperança

    A esperança não desilude

    A cruz é passagem obrigatória da esperança

- Irmãos e irmãs: “Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa”, desde o princípio da Quaresma, vimos a percorrer juntos um caminho de oração, de transformação, de conversão, de reconciliação e de perdão. Fizemo-lo sempre ancorados na Cruz de Cristo, que é passagem obrigatória da nossa esperança, daquela esperança que não ilude nem desilude. Esta “esperança nasce do amor e funda-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na Cruz” (SNC, n.º 3). Hoje estamos aqui reunidos, para darmos início, em união com toda a Igreja, à celebração do mistério pascal do Senhor, isto é, da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Foi para realizar este mistério de entrega e de amor até ao fim, que Jesus Cristo entrou na sua cidade de Jerusalém. Por isso, recordando hoje, com fé e devoção esta entrada triunfal na Cidade Santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na sua Cruz, esperamos um dia ter parte na sua Ressurreição.

- Neste início da celebração da Semana Santa, queiramos ancorar a nossa vida, na Cidade Santa, na Cidade da esperança, com os olhos postos na nova Jerusalém, a Jerusalém celeste.

- Temos pela frente a Semana Maior, a Semana Santa. Recolhemos a âncora no nosso coração. Porque somos chamados todos os dias a contemplar a Cruz, a unirmo-nos ao Senhor, na Sua entrega, paixão, morte, sepultura e Ressurreição. Gostaríamos de vos dar uma tarefa para casa. A todos fará bem parar diante do Crucifixo, olhar para ele e dizer-lhe: «Contigo nada está perdido. Contigo posso esperar sempre. Tu és a minha esperança» (Audiência, 12.04.2017). “No caminho eu confio em Ti”!



A liturgia deste último Domingo do tempo quaresmal, Domingo de Ramos, convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo, a maldade e o pecado fossem vencidos. Por Jesus, Deus ofereceu-nos a possibilidade de uma Vida nova.

A primeira leitura traz-nos a palavra e o drama de um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Deus” a figura de Jesus.

A segunda leitura traz-nos um belo hino onde ecoa a catequese primitiva sobre Jesus. Fiel ao projecto do Pai, Ele desceu ao encontro dos homens, viveu a vida dos homens e sofreu uma morte atroz por amor aos homens. Mas a sua vida não foi malbaratada: Deus exaltou-O, mostrando que o caminho que Ele seguiu é o caminho que conduz à Vida. É esse mesmo caminho que somos desafiados a percorrer.

O Evangelho relata-nos a paixão e morte de Jesus. É o momento culminante de uma vida gasta a concretizar o projecto salvador de Deus: libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo, escravidão, sofrimento e morte. Na cruz onde Jesus ofereceu a sua vida até à última gota de sangue, revela-se o incomensurável amor de Deus por nós; na cruz, Jesus disse-nos que o amor até ao extremo gera Vida nova e eterna.


Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:



LEITURA I – Isaías 50, 4-7

Leitura do Livro de Isaías

O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos.

Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 21 (22)

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

Todos os que me vêem escarnecem de mim, estendem os meus lábios e meneiam a cabeça: «Confiou no Senhor, Ele que o livre, Ele que o salve, se é meu amigo».

Matilhas de cães me rodearam, cercou-me um bando de malfeitores. Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, posso contar todos os meus ossos.

Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica. Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim, sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.

Hei de falar do vosso nome aos meus irmãos, Hei de louvar-Vos no meio da assembleia. Vós, que temeis o Senhor, louvai-O, glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob, reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.


LEITURA II – Filipenses 2, 6-11

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.


EVANGELHO – Lucas 23,1-49 (forma breve)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo:

«Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!» Pilatos falou-lhes pela terceira vez: Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar». Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. Quando o conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque, se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias?Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou.

Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas.


Avisos à Comunidade Paroquial:


Peregrinação Jubilar

No Domingo dia 25 de Maio, a nossa Vigararia vai realizar uma Peregrinação Jubilar entre as duas Igrejas Jubilares, a Capela da Nossa Senhora das Dores e a Igreja de Vairão. A peregrinação tem início às 7H30 na Capela da Nossa Senhora das Dores e termina na Igreja de Vairão com a Celebração da Eucaristia. A inscrição tem o custo simbólico de 2,50€ (inclui kit e seguro). Quem quiser participar deve fazer a sua inscrição até ao início do mês de Maio junto do Sr. Padre Ricardo.


Peregrinação Diocesana ao Santuário de Fátima

No Sábado dia 20 de Setembro, a nossa diocese vai realizar uma Peregrinação ao Santuário de Fátima. Posteriormente serão dadas mais informações.


Celebrações Eucarísticas

Domingo dia 13Abr, às 9H15, Domingo de Ramos na Paixão do Senhor


Quinta-feira dia 17Abr, às 21H00, Missa Vespertina da Ceia do Senhor

Sexta-feira dia 18Abr, às 21H00, Celebração da Paixão do Senhor com Adoração da Santa Cruz

Sábado dia 19Abr, às 21H00, Vigília Pascal

Domingo dia 20Abr, às 8H00, Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor (Visita Pascal no final da Eucaristia)


Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia


Sem comentários:

Enviar um comentário