Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 5 de abril de 2025

V DOMINGO DA QUARESMA – Ano C

 



O amor de Deus converte-nos

ao acolhimento do próximo

   


Ancorar no Monte do perdão

A esperança corre por caminhos de futuro

O perdão é o motor da esperança

- Irmãos e irmãs: Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa, eis-nos já no V Domingo da Quaresma. Ainda não alcançamos a meta da Páscoa gloriosa e da nossa vida nova em Cristo. Continuamos a correr, «esquecendo-os o que fica para trás, lançando-nos para a frente», porque a esperança corre sempre por caminhos de futuro. Mas este movimento, que abre um caminho novo, também requer uma pausa, um ponto de apoio, na Eucaristia, fermento da nossa transformação.

- Fixemos a âncora da nossa esperança, no monte do perdão, no Monte das Oliveiras, perto do Templo de Jerusalém. Não queremos que a nossa viagem encalhe nas pedras duras do nosso coração. Depois da conversão e da reconciliação, hoje somos desafiados a transformar pedras em perdão. Deixemos que o perdão divino faça de nós novas criaturas e assim se torne o motor da nossa esperança.

- A misericórdia do Senhor dilui as pedras que encalham a nossa navegação. Recolhemos a âncora do Monte das Oliveiras. E prosseguimos em frente, peregrinos de esperança. Se, na recta final desta peregrinação, viermos a cair, não nos cansemos de pedir perdão. Digamos ou cantemos ao Senhor: “No caminho eu confio em Ti”.



Nesta quinta etapa do caminho quaresmal, a liturgia convida-nos a libertarmo-nos de tudo aquilo que nos escraviza e a caminharmos, com coragem e decisão, para a meta que nos espera: a vida renovada, o horizonte de liberdade e de felicidade que Deus quer oferecer a todos os seus queridos filhos.

Na primeira leitura, o Deus que libertou os hebreus da escravidão do Egipto anuncia aos exilados na Babilónia que irá concretizar uma nova intervenção salvadora em favor do seu povo. Os exilados irão ser libertados; e, acompanhados por Deus, percorrerão um caminho que os trará novamente para a terra de onde tinham sido arrancados, a terra onde corre leite e mel. É esse o desafio que Deus deixa também a nós, neste tempo de Quaresma: caminharmos da escravidão para a liberdade, da vida velha para a vida nova.

No Evangelho Jesus mostra, a partir da história de uma mulher acusada de cometer adultério, como é que Deus lida com as nossas decisões erradas: “Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar”. O perdão de Deus, fruto do seu amor, falará sempre mais alto do que o nosso pecado. A grande preocupação de Deus não é castigar quem falhou; mas é apontar aos seus queridos filhos um caminho novo, de liberdade, de realização e de vida sem fim.

Na segunda leitura Paulo de Tarso partilha com os cristãos da cidade de Filipos a sua experiência: desde que se encontrou com Cristo, Paulo deixou para trás todo o “lixo” que lhe limitava os movimentos e que o impedia de correr ao encontro de Cristo. A sua grande preocupação é identificar-se cada vez mais com Cristo e correr para a meta final, onde espera encontrar a vida definitiva.


Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:

LEITURA I – Isaías 43,16-21

Leitura do Livro de Isaías

O Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas. Pôs em campanha carros e cavalos, um exército de valentes guerreiros; e todos caíram para não mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga. Eis o que diz o Senhor:

«Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. Os animais selvagens – chacais e avestruzes – proclamarão a minha glória, porque farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povo que formei para Mim e que proclamará os meus louvores».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 125 (126)

Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião, parecia-nos viver um sonho. Da nossa boca brotavam expressões de alegria e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos: «O Senhor fez por eles grandes coisas». Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor, estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos, como as torrentes do deserto. Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar, levando as sementes; à volta, vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.


LEITURA II – Filipenses 3,8-14

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Irmãos:

Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e se funda na fé. Assim poderei conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, configurando-me à sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingido a perfeição. Mas continuo a correr, para ver se a alcanço, uma vez que também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, que já o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus.


EVANGELHO – João 8,1-11

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus foi para o Monte das Oliveiras.

Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo, e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus:

«Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?».

Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes:

«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra».

Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe:

«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».

Ela respondeu: «Ninguém, Senhor».

Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».


Avisos à Comunidade Paroquial:


Procissão dos Passos

A Procissão dos Passos realiza-se este Domingo, dia 6 de Abril, com início às 16H00, desde a Igreja Paroquial até ao São Pantaleão. Às 15H30 dará entrada a Banda de Música.


Sacramento da Reconciliação

Quem ainda não se confessou tem a oportunidade de o fazer:

- em Alvarelhos, na Terça-feira 8 de Abril, das 17H30 às 19H30;

- na Trofa, na Quarta-feira 9 de Abril, das 9 às 12H00 e das 17H30 às 19H30;

- em Bougado, na Sexta-feira 11 de Abril, das 9 às 12H00 e das 17H30 às 19H30.

O calendário das Confissões nas outras paróquias da nossa vigararia pode ser consultado no Boletim Vicarial de Março de 2025.


Celebrações Eucarísticas

Domingo dia 6Abr, às 9H30, V Domingo da Quaresma – Ano C


Sábado dia 12Abr, às 17H00, Eucaristia Vespertina - 30º Dia do Padre Florentino Fernandes de Sousa

Domingo dia 13Abr, às 9H15, VI Domingo da Quaresma – Ano C – Início junto ao cruzeiro da Quinta do Anjo com a cerimónia da Bênção dos Ramos.


Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia


Sem comentários:

Enviar um comentário