Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 20 de outubro de 2018

AMANHÃ DIA 21 DE OUTUBRO CELEBRAMOS O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES





O tema da Mensagem do Papa para este 92° Dia Mundial das Missões 2018 é

“Juntamente com os Jovens, levemos o Evangelho a todos”
   
   
A missão é de Deus na qual somos chamados a cooperar.
O Mês Missionário tem a sua origem no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de Outubro).
A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como um dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos.
O objectivo é incentivar, nas Igrejas locais, a cooperação missionária.

São apenas alguns os missionários e missionárias que partem.
Porém, toda a comunidade tem o dever de participar activamente na missão universal.
Essa cooperação realiza-se de três formas:

  1. pela oração, sacrifício e testemunho de vida;
  2. por meio da ajuda material aos projectos missionários;
  3. colocando-se à disposição para servir na missão ad gentes.
As missões precisam de missionários e missionárias.
Não podes ir mas podes ajudar!


O Santo padre aceitou a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, de proclamar o mês de Outubro de 2019 como um Mês Missionário Extraordinário, com objectivo de “despertar, em medida maior, a consciência da Missão ad gentes e retomar, com novo impulso, a transformação missionária da vida e da pastoral.”

O “Mês extraordinário das Missões” tem como tema: “Baptizados e Enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”.
Esta iniciativa, de grande importância eclesial, será composta de oração, testemunhos e reflexão sobre a centralidade da Missão ad gentes.

Com esta iniciativa, o Papa Francisco convida-nos a colocar a Missão ad gentes no centro das celebrações do 100º aniversário da Carta Apostólica “Maximum Illud”, do Papa Bento XV.






MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2018
[21 de Outubro de 2018]


«Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos»

Queridos jovens, juntamente convosco desejo reflectir sobre a missão que Jesus nos confiou.
Apesar de me dirigir a vós, pretendo incluir todos os cristãos, que vivem na Igreja a aventura da sua existência como filhos de Deus.
O que me impele a falar a todos, dialogando convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sempre jovem, quando se abre à missão que Cristo nos confia.
«A missão revigora a fé» (Carta enc. Redemptoris missio, 2): escrevia São João Paulo II, um Papa que tanto amava os jovens e, a eles, muito se dedicou.

O Sínodo que celebraremos em Roma no próximo mês de Outubro, mês missionário, dá-nos oportunidade de entender melhor, à luz da fé, aquilo que o Senhor Jesus vos quer dizer a vós, jovens, e, através de vós, às comunidades cristãs.

A vida é uma missão

Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra.
Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração, sobretudo quando é jovem em idade, sente como forças interiores do amor que prometem futuro e impelem a nossa existência para a frente.
Ninguém, como os jovens, sente quanto irrompe a vida e atrai.
Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio.
Conheço bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na minha juventude e na minha família, recordo a intensidade da esperança por um futuro melhor.
O facto de nos encontrarmos neste mundo sem ser por nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir.
Cada um de nós é chamado a reflectir sobre esta realidade: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (Papa Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).

Anunciamo-vos Jesus Cristo

A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que conduzem ao sentido do viver nesta terra.
Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno.
Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja!
Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria.
Digo-vos isto por experiência: graças à fé, encontrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os realizar.
Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar o rosto de tantos irmãos e irmãs.
E todavia, para quem está com Jesus, o mal é um desafio a amar cada vez mais.
Muitos homens e mulheres, muitos jovens entregaram-se generosamente, às vezes até ao martírio, por amor do Evangelho ao serviço dos irmãos.
A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16).
Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14).
Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»

Transmitir a fé até aos últimos confins da terra

Pelo Baptismo, também vós, jovens, sois membros vivos da Igreja e, juntos, temos a missão de levar o Evangelho a todos.
Estais a desabrochar para a vida.
Crescer na graça da fé, que nos foi transmitida pelos sacramentos da Igreja, integra-nos num fluxo de gerações de testemunhas, onde a sabedoria daqueles que têm experiência se torna testemunho e encorajamento para quem se abre ao futuro.
E, por sua vez, a novidade dos jovens torna-se apoio e esperança para aqueles que estão próximo da meta do seu caminho.
Na convivência das várias idades da vida, a missão da Igreja constrói pontes intergeracionais, nas quais a fé em Deus e o amor ao próximo constituem factores de profunda união.

Por isso, esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida.
A propagação da fé por atracção requer corações abertos, dilatados pelo amor.
Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6).
E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos aqueles que, longe da fé, se mostram indiferentes e, às vezes, impugnadores e contrários à mesma.
Ambientes humanos, culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Jesus e à presença sacramental da Igreja constituem as periferias extremas, os «últimos confins da terra», aos quais, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus discípulos missionários, na certeza de terem sempre com eles o seu Senhor (cf. Mt 28, 20; At 1, 8).
Nisto consiste o que designamos por missio ad gentes.
A periferia mais desolada da humanidade carente de Cristo é a indiferença à fé ou mesmo o ódio contra a plenitude divina da vida.
Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre consequência da recusa de Deus e do seu amor.

Hoje para vós, queridos jovens, os últimos confins da terra são muito relativos e sempre facilmente «navegáveis».
O mundo digital, as redes sociais, que nos envolvem e entrecruzam, diluem fronteiras, cancelam margens e distâncias, reduzem as diferenças.
Tudo parece estar ao alcance da mão: tudo tão próximo e imediato…
E todavia, sem o dom que inclua as nossas vidas, poderemos ter miríades de contactos, mas nunca estaremos imersos numa verdadeira comunhão de vida.
A missão até aos últimos confins da terra requer o dom de nós próprios na vocação que nos foi dada por Aquele que nos colocou nesta terra (cf. Lc 9, 23-25).
Atrevo-me a dizer que, para um jovem que quer seguir Cristo, o essencial é a busca e a adesão à sua vocação.

Testemunhar o amor

Agradeço a todas as realidades eclesiais que vos permitem encontrar, pessoalmente, Cristo vivo na sua Igreja: as paróquias, as associações, os movimentos, as comunidades religiosas, as mais variadas expressões de serviço missionário.
Muitos jovens encontram, no voluntariado missionário, uma forma para servir os «mais pequenos» (cf. Mt 25, 40), promovendo a dignidade humana e testemunhando a alegria de amar e ser cristão.
Estas experiências eclesiais fazem com que a formação de cada um não seja apenas preparação para o seu bom-êxito profissional, mas desenvolva e cuide um dom do Senhor para melhor servir aos outros.
Estas louváveis formas de serviço missionário temporâneo são um começo fecundo e, no discernimento vocacional, podem ajudar-vos a decidir pelo dom total de vós mesmos como missionários.

De corações jovens, nasceram as Pontifícias Obras Missionárias, para apoiar o anúncio do Evangelho a todos os povos, contribuindo para o crescimento humano e cultural de muitas populações sedentas de Verdade.
As orações e as ajudas materiais, que generosamente são dadas e distribuídas através das POMs, ajudam a Santa Sé a garantir que, quantos recebem ajuda para as suas necessidades, possam, por sua vez, ser capazes de dar testemunho no próprio ambiente.
Ninguém é tão pobre que não possa dar o que tem e, ainda antes, o que é.
Apraz-me repetir a exortação que dirigi aos jovens chilenos: «Nunca penses que não tens nada para dar, ou que não precisas de ninguém. Muita gente precisa de ti. Pensa nisso! Cada um de vós pense nisto no seu coração: muita gente precisa de mim» (Encontro com os jovens, Santiago – Santuário de Maipú, 17/I/2018).

Queridos jovens, o próximo mês missionário de Outubro, em que terá lugar o Sínodo a vós dedicado, será mais uma oportunidade para vos tornardes discípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão até aos últimos confins da terra.
A Maria, Rainha dos Apóstolos, ao Santos Francisco Xavier e Teresa do Menino Jesus, ao Beato Paulo Manna, peço que intercedam por todos nós e sempre nos acompanhem.

Vaticano, 20 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2018.

FRANCISCO






Fontes: Santa Sé; Conferência Episcopal Portuguesa; Obras Missionárias Pontifícias – Portugal; Notícias do Vaticano


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