A
esperança do mundo e a esperança da Cruz foi o tema da catequese do
Papa na audiência geral de ontem
A
reflexão da catequese do Papa Francisco, foi apoiada no texto do
Evangelho de S.João (Jo 12,24-25):
“Em
verdade vos digo, se o grão de trigo, caído na terra, não morrer,
fica só; se morrer, produz muito fruto.
Quem
ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo,
conservá-la-á para a vida eterna”.
É
verdade, observa o Papa, que este amor passa pela cruz, pelo
sacrifício, como sucedeu com Jesus.
A
cruz porém, é passagem obrigatória, mas não é o destino: o
destino é a glória, como nos mostra a Páscoa.
E
a este propósito, o Papa Francisco convida a meditar na belíssima
imagem da última Ceia descrita pelo evangelista João quando
sobretudo diz o seguinte:
“Quando
a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas,
depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição,
por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo”(Jo
16, 21).
Eis
que então, dar à vida, não empossessar-se dela, dá alegria; o
amor dá à luz a vida e acaba assim por dar sentido também ao
sofrimento.
O
amor é o motor que faz ir em frente a nossa esperança, sublinhou o
Papa.
O
Santo Padre fez um convite: contemplar o Crucifixo.
“Queridos
irmãos e irmãs, nesses dias deixemo-nos envolver pelo mistério de
Jesus que, como grão de trigo, morrendo nos doa a vida.
Ele
é a semente da nossa esperança.
Quero
lhes dar uma lição de casa:
Far-nos-á
bem parar diante do Crucificado, fixá-Lo e dizer-Lhe:
«Convosco
nada está perdido.
Convosco
sempre posso esperar.
Vós
sois a minha esperança».”
E
convidou os fiéis a repetirem a última frase juntos:
“Vós
sois a minha esperança”.
Resumo
da catequese do Papa:
Jesus
trouxe ao mundo uma esperança nova, comportando-Se como a semente:
fez-Se pequeno como um grão de trigo caído na terra, que se
desintegra e morre para dar fruto.
No
ponto extremo do seu abaixamento, que é também o ponto mais alto do
amor, germinou a esperança.
E
germinou precisamente pela força do amor, pois o amor, que é a vida
de Deus, renovou tudo o que atingiu.
Jesus
transformou o nosso pecado em perdão, a nossa morte em ressurreição,
o nosso medo em confiança.
Assim,
na cruz, nasceu e renasce sempre a nossa esperança.
Quando
escolhemos a esperança de Jesus, pouco a pouco descobrimos que a
forma vitoriosa de viver é a da semente que morre.
Não
há outro caminho para vencer o mal e dar esperança ao mundo.
É
verdade que este amor passa pela cruz, pelo sacrifício, como sucedeu
com Jesus.
A
cruz é passagem obrigatória, mas não é o destino: o destino é a
glória, como nos mostra a Páscoa.
Nestes
dias da Semana Santa, deixemo-nos envolver pelo mistério de Jesus
que, morrendo como o grão de trigo, nos dá vida.
É
Ele a semente da nossa esperança.
Contemplemos
Jesus crucificado, fonte de esperança.
Pouco
a pouco compreenderemos que esperar com Jesus é aprender a ver, já
desde agora, a planta na semente, a Páscoa na cruz, a vida na morte.
Far-nos-á
bem parar diante do Crucificado, fixá-Lo e dizer-Lhe:
«Convosco
nada está perdido.
Convosco
sempre posso esperar.
Vós
sois a minha esperança».
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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