Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A ESPERANÇA NASCE DA CRUZ




A esperança do mundo e a esperança da Cruz foi o tema da catequese do Papa na audiência geral de ontem
 
 
A reflexão da catequese do Papa Francisco, foi apoiada no texto do Evangelho de S.João (Jo 12,24-25):

Em verdade vos digo, se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna”.

É verdade, observa o Papa, que este amor passa pela cruz, pelo sacrifício, como sucedeu com Jesus.
A cruz porém, é passagem obrigatória, mas não é o destino: o destino é a glória, como nos mostra a Páscoa.
E a este propósito, o Papa Francisco convida a meditar na belíssima imagem da última Ceia descrita pelo evangelista João quando sobretudo diz o seguinte:

Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo”(Jo 16, 21).

Eis que então, dar à vida, não empossessar-se dela, dá alegria; o amor dá à luz a vida e acaba assim por dar sentido também ao sofrimento.
O amor é o motor que faz ir em frente a nossa esperança, sublinhou o Papa.

O Santo Padre fez um convite: contemplar o Crucifixo.

Queridos irmãos e irmãs, nesses dias deixemo-nos envolver pelo mistério de Jesus que, como grão de trigo, morrendo nos doa a vida.
Ele é a semente da nossa esperança.
Quero lhes dar uma lição de casa:
Far-nos-á bem parar diante do Crucificado, fixá-Lo e dizer-Lhe:
«Convosco nada está perdido.
Convosco sempre posso esperar.
Vós sois a minha esperança».”

E convidou os fiéis a repetirem a última frase juntos:

Vós sois a minha esperança”.


Resumo da catequese do Papa:

Jesus trouxe ao mundo uma esperança nova, comportando-Se como a semente: fez-Se pequeno como um grão de trigo caído na terra, que se desintegra e morre para dar fruto.
No ponto extremo do seu abaixamento, que é também o ponto mais alto do amor, germinou a esperança.
E germinou precisamente pela força do amor, pois o amor, que é a vida de Deus, renovou tudo o que atingiu.
Jesus transformou o nosso pecado em perdão, a nossa morte em ressurreição, o nosso medo em confiança.

Assim, na cruz, nasceu e renasce sempre a nossa esperança.
Quando escolhemos a esperança de Jesus, pouco a pouco descobrimos que a forma vitoriosa de viver é a da semente que morre.
Não há outro caminho para vencer o mal e dar esperança ao mundo.
É verdade que este amor passa pela cruz, pelo sacrifício, como sucedeu com Jesus.
A cruz é passagem obrigatória, mas não é o destino: o destino é a glória, como nos mostra a Páscoa.

Nestes dias da Semana Santa, deixemo-nos envolver pelo mistério de Jesus que, morrendo como o grão de trigo, nos dá vida.
É Ele a semente da nossa esperança.
Contemplemos Jesus crucificado, fonte de esperança.
Pouco a pouco compreenderemos que esperar com Jesus é aprender a ver, já desde agora, a planta na semente, a Páscoa na cruz, a vida na morte.
Far-nos-á bem parar diante do Crucificado, fixá-Lo e dizer-Lhe:

«Convosco nada está perdido.
Convosco sempre posso esperar.
Vós sois a minha esperança».


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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