Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O CAMINHO CENÁRIO EVANGÉLICO





Na catequese desta Quarta-feira o Papa falou de "Emaús, caminho de esperança"
   
   
Depois da audiência com o Presidente dos Estados Unidos da América, o Papa Francisco proferiu a sua catequese semanal, desta vez centrada sobre “Emaús, o caminho da esperança”.
Disse que mesmo perante aparentes contradições, Jesus está sempre connosco e nesse caminho está o caminho da Igreja, aberta à escuta dos anseios das pessoas, não fechada numa cidadela.

Os dois discípulos caminham pensativos quando alguém se põe ao lado deles.
É Jesus, mas não o reconhecem.

O encontro de Jesus com os dois discípulos é rápido, mas nele está todo o destino da Igreja.
Uma Igreja em caminho, não encerrada numa cidadela.
E no caminho “encontra as pessoas com as suas esperanças e desilusões, por vezes pesadas”; escuta-as e dá a Palavra de esperança, testemunho de amor, amor fiel até ao fim.

Todos nós, na nossa vida, temos tido momentos difíceis, de escuridão; momentos em que caminhávamos tristes, pensativos, sem horizontes, só um muro à frente.
E Jesus está sempre ao nosso lado para nos dar esperança, para aquecer o nosso coração e dizer “vai em frente, eu estou contigo.
Vai em frente.”

O segredo de Emaús está nisto – disse Francisco. Mesmo através de aparência contrárias, continuamos a ser amados, e Deus não deixará nunca de nos querer bem.

Deus caminhará sempre connosco, sempre, mesmo nos momentos mais dolorosos, mesmo nos momentos mais duros, mesmo nos momentos de derrota: ali está o Senhor.
E é esta a nossa esperança: vamos para a frente com esta esperança, porque Ele está ao nosso lado caminhando connosco. Sempre!“


Resumo da Catequese do Papa Francisco:

Debrucemo-nos hoje sobre a «terapia da esperança», aplicada por Jesus a dois discípulos desanimados que seguiam de Jerusalém para Emaús.
O segredo da terapia está nisto: mostrar à pessoa que, apesar das aparências em contrário, continua a ser amada por Deus; Ele nunca deixará de lhe querer bem.
Vendo-os tristes, Jesus começa por perguntar o motivo da sua tristeza, que Ele bem conhece, mas quer ajudá-los a sondar em profundidade a amargura que se apoderou deles.
Caminham tristes, porque viram morrer as esperanças que tinham posto em Jesus de Nazaré de ser Ele o libertador de Israel.
O sinal mais eloquente duma derrota, que não tinham previsto, era aquela cruz erguida no Calvário.
Eles não a tinham previsto, mas Deus sim; e anunciara-o nas Escrituras Sagradas, que Jesus lhes explica: «Para entrar na sua glória, o Messias tinha antes de sofrer todas aquelas coisas».

A verdadeira esperança passa através de derrotas.
Nos Livros Sagrados, não se encontram histórias de heroísmo fácil, nem campanhas fulminantes de conquista.
Deus não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando os adversários.
A presença do Senhor lembra uma chama frágil que arde num dia de frio e vento; e, para aparecer ainda mais frágil esta sua presença neste mundo, foi esconder-Se num lugar que todos desdenham: num pedaço de pão, que se oferece como alimento em cada Eucaristia.

«Quando Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho».
Mas foi nisso que os discípulos de Emaús O reconheceram.
E, no gesto fulcral da Eucaristia, está significado também como deve ser a Igreja: o destino de cada um de nós.
Jesus toma-nos, pronuncia a bênção, «põe em pedaços» a nossa vida – porque não há amor sem sacrifício – e oferece-a aos outros, a todos.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano


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