Na
catequese desta Quarta-feira o Papa falou de "Emaús, caminho
de esperança"
Depois
da audiência com o Presidente dos Estados Unidos da América, o Papa
Francisco proferiu a sua catequese semanal, desta vez centrada sobre
“Emaús, o caminho da esperança”.
Disse
que mesmo perante aparentes contradições, Jesus está sempre
connosco e nesse caminho está o caminho da Igreja, aberta à escuta
dos anseios das pessoas, não fechada numa cidadela.
Os
dois discípulos caminham pensativos quando alguém se põe ao lado
deles.
É
Jesus, mas não o reconhecem.
O
encontro de Jesus com os dois discípulos é rápido, mas nele está
todo o destino da Igreja.
Uma
Igreja em caminho, não encerrada numa cidadela.
E
no caminho “encontra as pessoas com as suas esperanças e
desilusões, por vezes pesadas”; escuta-as e dá a Palavra de
esperança, testemunho de amor, amor fiel até ao fim.
“Todos
nós, na nossa vida, temos tido momentos difíceis, de escuridão;
momentos em que caminhávamos tristes, pensativos, sem horizontes, só
um muro à frente.
E
Jesus está sempre ao nosso lado para nos dar esperança, para
aquecer o nosso coração e dizer “vai em frente, eu estou contigo.
Vai
em frente.”
O
segredo de Emaús está nisto – disse Francisco. Mesmo através de
aparência contrárias, continuamos a ser amados, e Deus não deixará
nunca de nos querer bem.
“Deus
caminhará sempre connosco, sempre, mesmo nos momentos mais
dolorosos, mesmo nos momentos mais duros, mesmo nos momentos de
derrota: ali está o Senhor.
E
é esta a nossa esperança: vamos para a frente com esta esperança,
porque Ele está ao nosso lado caminhando connosco. Sempre!“
Resumo
da Catequese do Papa Francisco:
Debrucemo-nos
hoje sobre a «terapia da esperança», aplicada por Jesus a dois
discípulos desanimados que seguiam de Jerusalém para Emaús.
O
segredo da terapia está nisto: mostrar à pessoa que, apesar das
aparências em contrário, continua a ser amada por Deus; Ele nunca
deixará de lhe querer bem.
Vendo-os
tristes, Jesus começa por perguntar o motivo da sua tristeza, que
Ele bem conhece, mas quer ajudá-los a sondar em profundidade a
amargura que se apoderou deles.
Caminham
tristes, porque viram morrer as esperanças que tinham posto em Jesus
de Nazaré de ser Ele o libertador de Israel.
O
sinal mais eloquente duma derrota, que não tinham previsto, era
aquela cruz erguida no Calvário.
Eles
não a tinham previsto, mas Deus sim; e anunciara-o nas Escrituras
Sagradas, que Jesus lhes explica: «Para entrar na sua glória, o
Messias tinha antes de sofrer todas aquelas coisas».
A
verdadeira esperança passa através de derrotas.
Nos
Livros Sagrados, não se encontram histórias de heroísmo fácil,
nem campanhas fulminantes de conquista.
Deus
não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à
vitória, aniquilando os adversários.
A
presença do Senhor lembra uma chama frágil que arde num dia de frio
e vento; e, para aparecer ainda mais frágil esta sua presença neste
mundo, foi esconder-Se num lugar que todos desdenham: num pedaço de
pão, que se oferece como alimento em cada Eucaristia.
«Quando
Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o
partir, entregou-lho».
Mas
foi nisso que os discípulos de Emaús O reconheceram.
E,
no gesto fulcral da Eucaristia, está significado também como deve
ser a Igreja: o destino de cada um de nós.
Jesus
toma-nos, pronuncia a bênção, «põe em pedaços» a nossa vida –
porque não há amor sem sacrifício – e oferece-a aos outros, a
todos.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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