Esta
Quarta-feira o Papa Francisco prosseguiu o ciclo de catequeses sobre
o Pai-Nosso - a prece ensinada por Jesus
O
Papa explicou que Jesus pôs nos lábios de seus discípulos esta
oração breve e audaz; e que se não fosse Ele a ensiná-la, ninguém
ousaria rezar a Deus dessa forma.
O
Santo Padre observou que a prece ensinada por Jesus não contém
prefácios nem fórmulas especiais mas dirige-se a Deus «com toda a
simplicidade, como as crianças se dirigem ao papá».
E
precisamente a palavra “Pai” «expressa a confidência e a
confiança filial».
Por
outro lado, o Pai-Nosso «afunda as suas raízes na realidade
concreta do homem» e mostra que «a prece começa com a própria
vida»: ela «aninha-se onde quer que haja um homem que tem fome, que
chora, que luta, que sofre e se pergunta “porquê”».
Por
conseguinte, Jesus «não quer apagar o humano, não o quer
anestesiar.
Não
quer que abafemos as perguntas e os pedidos.
Ao
contrário, quer que cada sofrimento, qualquer preocupação, se
encaminhe rumo ao céu e se torne diálogo».
“A
oração não só precede a salvação, mas de certa forma contém-na,
porque liberta do desespero de quem não crê numa saída, diante de
tantas situações insuportáveis.
Por
isso, podemos contar-lhe tudo, inclusive as coisas que na nossa vida
permanecem distorcidas e incompreensíveis.”
“Ele
prometeu-nos ficar connosco para sempre, até o último dos dias que
passaremos nesta terra.”
O
Papa Francisco encerrou a sua catequese pedindo que ao rezar o ‘Pai
Nosso’, iniciemos chamando-o ‘Pai’ ou simplesmente ‘papá’.
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Continuando
com as catequeses sobre o Pai-Nosso, vemos como Jesus põe nos lábios
dos discípulos uma oração breve, mas audaz; se não fosse Ele a
ensiná-la, ninguém ousaria rezar a Deus dessa forma.
Composta
por 7 petições, o Pai-Nosso convida-nos a aproximar-nos de Deus com
confiança filial, sem preâmbulos nem termos solenes, simplesmente
chamando-O Pai, pedindo-Lhe aquilo que corresponde às nossas
necessidades básicas e existenciais, como é o caso do “pão nosso
de cada dia”.
Jesus
ensina que Deus não nos quer anestesiados diante das dificuldades e
sofrimentos, mas sim que elevemos ao céu as nossas necessidades, num
clamor como aquele do cego Bartimeu que, gritando, pediu para ser
curado.
Com
isso fica claro que a oração de petição, longe de ser uma forma
inferior de diálogo com Deus, indica que Ele é um Pai cheio de
compaixão e quer que Lhe falemos sem medo.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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