Na
Audiência de hoje o Papa Francisco deu continuidade à sua série de
catequeses sobre o Pai Nosso
Na
7ª catequese sobre o Pai Nosso, o Papa falou sobre o Pai que
está nos Céus
partindo da figura de nossos pais para entender o mistério da
“paternidade de Deus”.
Mas
para isso, devemos sempre "refiná-las", “purificá-las”,
pois assim como nenhum de nós teve pais perfeitos, tampouco nós
seremos pais ou pastores perfeitos.
“Por
isso, quando falamos de Deus como "Pai", enquanto pensamos
na imagem de nossos pais, especialmente se eles nos amaram, temos que
ir além.
Porque
o amor de Deus é o do Pai "que está nos Céus", segundo a
expressão que Jesus nos convida a usar: é o amor total que nós,
nesta vida, experimentamos apenas de forma imperfeita.
Os
homens e as mulheres são eternamente mendigos de amor - somos
mendigos de amor, temos necessidade de amor - procuram um lugar para
finalmente serem amados, mas não o encontram.
Quantas
amizades e quantos amores desiludidos existem no nosso mundo;
quantos!”
O
Papa explicou o significado da expressão "nos céus".
“A
expressão "nos céus" não quer expressar uma distância,
mas uma diferença radical de amor, uma outra dimensão de amor, um
amor incansável, um amor que permanecerá para sempre, que está ao
alcance da mão.
Basta
dizer “Pai nosso que estais nos céus" e este amor vem!”
No
final, recordando que na próxima Sexta-feira se celebra a festa da
Cátedra de São Pedro Apóstolo, pediu orações pelo seu ministério
e pelo Papa emérito Bento XVI.
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Quando
chamamos «Pai» a Deus, temos em mente a figura do nosso pai
terreno; mas este – o nosso pai terreno – não era perfeito, como
nós próprios, aliás, também não seremos pais ou pastores
perfeitos.
As
nossas relações de amor estão sempre marcadas pelos nossos limites
e o nosso egoísmo, inquinadas por desejos de domínio ou de
manipulação do outro.
Somos
mendigos que corremos o risco de nunca encontrar, na própria
estrada, aquele tesouro que procuramos desde o primeiro dia da vida:
o amor.
Por
isso, ao aplicar a Deus a imagem que temos do nosso pai, precisamos
de a afinar, purificar.
O
amor de Deus é o do Pai «que está nos céus», como Jesus nos
convida a rezar: «Pai nosso, que estais nos céus».
O
nosso amor é frágil e intermitente, mas existe outro amor: o amor
do Pai, que está nos céus; é o amor total, que nesta vida
saboreamos apenas de forma imperfeita.
A
sede de amor, que todos sentimos, é o convite a conhecer Deus que é
Pai.
Por
exemplo, a conversão de Santo Agostinho passou por aqui: aquele
jovem e brilhante orador procurava simplesmente entre as criaturas
algo que nenhuma criatura lhe podia dar, até ao dia em que teve a
coragem de levantar o olhar; nesse dia, conheceu Deus.
A
expressão «que estais nos céus» não significa distância, mas
uma diversidade radical, outra dimensão.
Por
isso, meus irmãos e minhas irmãs, não temais!
Nenhum
de nós está sozinho!
Se,
por infeliz sorte, o teu pai terreno se tivesse esquecido de ti e,
por isso, estivesses zangado com ele, quero que saibas que não te é
negada a experiência fundamental da fé cristã: a de saber que és
filho muito amado de Deus e que nada na vida pode apagar este amor
d’Ele por ti.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
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