Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA PARA O MÊS DE FEVEREIRO




INTENÇÃO DE ORAÇÃO UNIVERSAL:

Tráfico de pessoas
   
   
Intenção de oração universal:
Pelo acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência.



Certamente acerca do tema do tráfico há muita ignorância.
Mas por vezes parece que há também pouca vontade de compreender a vastidão do problema. Porquê?
Porque toca de perto as nossas consciências, porque é escabroso, porque nos faz envergonhar.
Depois há quem, mesmo conhecendo-o, não quer falar dele porque está no final da “cadeia do consumo”, como utilizador dos “serviços” que são oferecidos pelas estradas ou na internet.
Por fim, há quem não quer que se fale dele, porque está directamente envolvido nas organizações criminosas que lucram muito com o tráfico.
Sim, é necessária coragem e honestidade, «quando no dia a dia encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos, ou quando devemos escolher se comprar produtos que poderiam ter sido realizados através da exploração de outras pessoas».

O trabalho de sensibilização deve começar em casa, por nós mesmos, porque só assim seremos capazes, em seguida, de consciencializar as nossas comunidades, estimulando-as a comprometerem-se para que jamais ser humano algum seja vítima do tráfico.

Para os jovens esta tarefa parece mais fácil, dado que são menos estruturados no pensamento, menos ofuscados pelos preconceitos, mais livres de raciocinar com a própria cabeça.
A voz dos jovens, mais entusiasta e espontânea, pode quebrar o silêncio para denunciar as abominações do tráfico e propor soluções concretas.
Adultos que estejam prontos a ouvir podem ser de grande ajuda.

Por meu lado, como deveis ter notado, nunca perdi ocasião alguma para denunciar abertamente o tráfico como um crime contra a humanidade.
É «uma verdadeira forma de escravidão — cada vez mais espalhada, infelizmente — que tem a ver com todos os países, mesmo os mais desenvolvidos, e que atinge as pessoas mais vulneráveis da sociedade: as mulheres e as jovens, os meninos e as meninas, os deficientes, os mais pobres, quem provém de situações de desagregação familiar e social».

Disse também que se «requer uma assunção comum de responsabilidade e uma vontade política mais decidida.
Responsabilidade por quantos caíram vítimas do tráfico a fim de tutelar os seus direitos, garantir a incolumidade deles e dos seus familiares, impedir que os corruptos e os criminosos fujam à justiça e tenham a última palavra sobre as pessoas».

Os jovens possuem uma posição privilegiada para encontrar os sobreviventes ao tráfico de seres humanos.
Ide às vossas paróquias, a uma associação perto de casa, encontrai-vos com as pessoas, ouvi-as.
Disso crescerão uma resposta e um compromisso concretos da vossa parte.
Com efeito, vejo o risco de que isto se torne um problema abstracto, mas não é abstracto.
Há sinais que podeis aprender a “ler”, que vos dizem: aqui poderia estar uma vítima do tráfico, um escravo.
Precisamos de promover a cultura do encontro que tem, sempre em si uma riqueza inesperada e grandes surpresas.
São Paulo dá-nos um exemplo: em Cristo, o escravo Onésimo deixa de ser escravo, para se tornar um irmão caríssimo (cf. Filémon, 1, 16).

Vós, jovens, podeis encontrar a esperança em Cristo, e podeis encontrá-lo até nas pessoas migrantes, que fugiram de casa, e permanecem presas nas redes.
Não tenhais medo de vos encontrardes com elas.
Abri o vosso coração, deixai-as entrar, estai dispostos a mudar.
O encontro leva naturalmente a uma mudança, mas não devemos ter receio desta mudança.
Será sempre para melhor.
Recordai-vos das palavras do profeta Isaías: «Alarga a tua tenda» (cf. 54, 2).

A Igreja deve promover e criar espaços de encontro, por este motivo pedi para abrir as paróquias ao acolhimento.
É necessário reconhecer o grande engajamento em resposta ao meu apelo, obrigado!
Peço a vós, hoje aqui presentes, que trabalheis a favor da abertura ao outro, sobretudo quando está ferido na própria dignidade.
Fazei-vos promotores de iniciativas que as vossas paróquias possam acolher.
Ajudai a Igreja a criar espaços de partilha de experiências e integração de fé e de vida.

Também os social network representam, sobretudo para os jovens, uma oportunidade de encontro que pode parecer ilimitada: internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos, e este é um aspecto bom, é um dom de Deus.
Todavia, para cada instrumento que nos é oferecido, é fundamental a escolha que o homem decide fazer dele.
O ambiente comunicativo pode ajudar-nos a crescer ou, ao contrário, a desorientar-nos.
Não se deve subestimar os riscos ínsitos em alguns destes espaços virtuais; através da rede, muitos jovens são seduzidos e arrastados para uma escravidão da qual depois, não se conseguem libertar sozinhos.
Neste âmbito os adultos, pais e educadores — também os irmãos e primos mais velhos — estão chamados à tarefa de vigiar e proteger os jovens.
Vós deveis fazer o mesmo com os vossos parentes e companheiros, entender e indicar vulnerabilidades particulares, casos suspeitos que devem ser esclarecidos.

Por conseguinte, usai a rede para partilhar uma narração positiva das vossas experiências de encontro com os nossos irmãos no mundo, contai e partilhai as boas práticas e desencadeai um círculo virtuoso.

DISCURSO AOS PARTICIPANTES NO «IV DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO E REFLEXÃO CONTRA O TRÁFICO DE SERES HUMANOS»
Papa Francisco
12 de Fevereiro de 2018



ORAÇÃO

Deus, nosso Pai,
muitas vezes sentimo-nos impotentes diante do mal,
quando o poder deste mundo ultrapassa as nossas possibilidades.

Ajuda-nos a não nos deixarmos vencer pelo desânimo,
mas a sermos abertos ao teu Espírito,
criativos naquilo que está ao nosso alcance.

Que nunca deixemos de olhar o rosto destes nossos irmãos e irmãs que sofrem
e sempre nos sintamos responsáveis por eles.

Que a nossa oração e a nossa acção concreta
sejam sinal da tua proximidade e do teu amor.

Pai Nosso...


DESAFIOS PARA O MÊS

  • Procurar instituições que se dedicam a resgatar pessoas de situações de tráfico humano e ajudá-las economicamente ou através de voluntariado.
  • Decidir, em família ou em comunidade, que iniciativa se pode ter para ajudar uma pessoa em concreto que vive estas situações.
  • Organizar, na comunidade paroquial, ou outros grupos, um momento de oração pelas vítimas de tráfico humano, onde possa haver um tempo de informação sobre estas questões.



O VÍDEO DO PAPA – Tráfico de pessoas




Rezemos pelo acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência.

Papa Francisco – Fevereiro 2019


"Mesmo que tentemos ignorá-la, a escravidão não é algo de outros tempos.

Perante esta trágica realidade, não podemos lavar as mãos se não quisermos ser, de certa forma, cúmplices destes crimes contra a humanidade.

Não podemos ignorar que hoje há escravidão no mundo, tanto ou talvez mais do que antes.


Rezemos pelo acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência".



Fontes: Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa


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