Cristo,
porto da misericórdia e da paz!
A
proposta diocesana do nosso caminho para a Páscoa de 2019
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DIAS PARA CHEGAR A BOM PORTO: CRISTO, PORTO DA MISERICÓRDIA E DA
PAZ!
Em
coerência com o Plano Diocesano de Pastoral 2018/2019, também agora
o profeta Jonas nos servirá de inspiração, como figura
paradigmática da nossa necessária conversão espiritual, pastoral e
missionária.
Jonas
é um convite a descobrir, na travessia da itinerância, o movimento
do coração que, paradoxalmente, precisa de sair para poder
permanecer, precisa de mudar para se poder manter fiel.
O
itinerário quaresmal, com os seus quarenta dias, encontra na figura,
na mensagem, no percurso e na própria conversão de Jonas, um
evidente e especial significado de urgência de salvação, de
necessidade imperiosa de arrepiar caminho, pessoal e pastoral, no
sentido missionário de fazer chegar a todos a alegria do Evangelho,
com a oferta e na esperança da misericórdia divina.
Neste
espírito, percorremos o caminho da Quaresma à Páscoa como uma
viagem de quarenta dias (Jn 3,4), que nos leva, de cais em cais, num
caminho de saída e com saída, ao encontro reconciliador e renovador
com “Cristo, porto da misericórdia e da paz” (Prefácio da
Quaresma VI).
Nesta
caminhada para a Páscoa, pensamos em Jonas como ícone profético e
pascal, a que o próprio Jesus Se referiu para falar da Sua morte e
ressurreição.
De
facto, o mistério pascal de Cristo, morto e ressuscitado, encontra
na experiência de Jonas, engolido e expelido pelo grande peixe (Jn
2,1-11), uma das suas mais belas figuras.
“Assim
como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três
noites, assim o Filho do homem estará no ventre da terra três dias
e três noites” (Mt 12,40; cf. Lc 11,29-32).
Como
refere o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Gaudete
et exsultate,
sobre o chamamento à santidade no mundo atual, “Deus quer-nos
levar a uma itinerância constante e renovadora” (GE 134).
E
esse é o nosso propósito.
Prepararmo-nos
para a Páscoa caminhando!
E
todo o caminho implica uma partida, uma saída.
Assim,
a figura de Jonas, com o seu apelo à conversão e a sua resistência
à missão, inspira-nos uma caminhada de saída da nossa zona de
conforto, o que implica um caminho de conversão pessoal à
misericórdia de Deus e conduz necessariamente cada um dos baptizados
a contribuir para a necessária transformação missionária de toda
a Igreja (cf. EG 19-49).
Propomos
que, em cada semana, frequentemos uma nova fronteira de missão,
atraquemos em novo cais: pode ser uma escola, um café, um bar, um
hospital, um centro de saúde, uma associação cultural, uma
associação desportiva, um clube social, uma paragem de autocarro,
uma estação de comboio ou de metro, uma casa de família, uma rede
social, o mundo digital…
Sugerimos,
como imagem desta caminhada, o leme de um navio, recordando a
aventura de Jonas e o próprio Cristo, que é mais do que Jonas; é
Ele o Homem do leme, que não nos abandona nesta travessia (Mt
8,23-27; Mc 4,25-41; Lc 8,22-25), e que nos abre, a partir do
encontro reconciliador com Ele, o porto da misericórdia e da paz.
O
texto integral da caminhada
deixa sugestões e lembranças, antigas e novas, para este tempo de
graça, que depois terá o seu momento celebrativo mais rico e
expressivo no Tríduo Pascal e o seu aprofundamento na cinquentena
pascal.
Vivamos
em fidelidade criativa e em perspectiva de “saída missionária”
as práticas já consolidadas na vida da Igreja, criando ou recriando
as que forem necessárias, para não cair na tentação “deste
cómodo critério pastoral: «fez-se sempre assim»” (EG 33).
Entremos
todos nesta aventura.
Como
escreveu o Papa Francisco, na rede
social twitter,
no passado dia 30 de Janeiro:
"O
segredo para navegar bem na vida é convidar Jesus, para entrar a
bordo.
O
leme da vida deve ser posto nas suas mãos, para que seja Ele a guiar
a rota."
Fonte:
Diocese do Porto
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