Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

ANO DE SÃO JOSÉ

 


Convocado pelo Papa Francisco com a Carta Apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”

   

Através da a Carta Apostólica Patris corde (Com Coração de Pai), o Papa Francisco convoca o Ano de São José Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica.


Com o decreto Quemadmodum Deus, assinado em 8 de Dezembro de 1870, o Beato Pio IX quis dar este título a São José.

Para celebrar esta data, o Papa Francisco convocou um “Ano” especial dedicado a São José a partir de 8 de Dezembro de 2020 a 8 de Dezembro de 2021, descrevendo São José como:

Pai amado, pai na ternura, na obediência e no acolhimento; pai com coragem criativa, trabalhador, sempre na sombra.”


Honesto carpinteiro, o Esposo de Maria ensina-nos também “o valor, a dignidade e a alegria” de “comer o pão fruto do próprio trabalho”. Esta acepção do pai de Jesus oferece ao Papa a ocasião para lançar um apelo a favor do trabalho, que se tornou uma “urgente questão social” até mesmo nos países com certo nível de bem-estar.

Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo.

O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino, desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão; o trabalho torna-se uma oportunidade de realização não só para o próprio trabalhador, mas sobretudo para aquele núcleo originário da sociedade que é a família. Uma família onde falte o trabalho está mais exposta a dificuldades, tensões, fracturas e até mesmo à desesperada e desesperadora tentação da dissolução. Como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos para que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento?

A pessoa que trabalha, seja qual for a sua tarefa, colabora com o próprio Deus, torna-se em certa medida criadora do mundo que a rodeia. A crise do nosso tempo, que é económica, social, cultural e espiritual, pode constituir para todos um apelo a redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho para dar origem a uma nova «normalidade», em que ninguém seja excluído. O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho. A perda de trabalho que afecta tantos irmãos e irmãs e tem aumentado nos últimos meses devido à pandemia de Covid-19, deve ser um apelo a revermos as nossas prioridades. Peçamos a São José Operário que encontremos vias onde nos possamos comprometer até se dizer: nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!”

A Carta Apostólica termina com uma oração a São José.

Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão.

Dirijamos-lhe a nossa oração:

Salve, guardião do Redentor

e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho;

em vós, Maria depositou a sua confiança;

convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós

e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,

e defendei-nos de todo o mal. Amén.


Por Decreto da Penitenciária Apostólica é oferecida a possibilidade de, até 8 de Dezembro de 2021, receber Indulgências especiais ligadas à figura de São José, “chefe da celeste Família de Nazaré”, sendo dada especial atenção aos que sofrem neste momento de pandemia.


A indulgência plenária é concedida nas condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Santo Padre) aos fiéis que, com a alma desligada de qualquer pecado, participem ocasionalmente do Ano de São José e com as modalidades indicadas por esta Penitenciária Apostólica.

- a quem meditar pelo menos durante 30 minutos a oração do Pai Nosso, ou então participarão de um retiro espiritual de pelo menos um dia que inclua uma meditação sobre São José;

- aos que, seguindo o exemplo de São José, realizarem um trabalho de misericórdia corporal ou espiritual;

- aos que recitem o Santo Rosário nas famílias e entre os noivos;

- a quem diariamente confia o seu trabalho à protecção de São José;

- aos fiéis que rezarem a ladainha a São José, ou alguma outra oração a São José, própria das outras tradições litúrgicas - Orações que sejam a favor “da Igreja perseguida ad intra e ad extra e pelo alívio de todos os cristãos que sofrem toda forma de perseguição;

- qualquer oração legitimamente aprovada ou acto de piedade em honra a São José, especialmente nas festas de 19 de Março e 1º de Maio, na Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, no dia 19 de cada mês e toda Quarta-feira, dia dedicado à memória do Santo.


É dada especial atenção a quem sofre nesta emergência de coronavírus. O Decreto afirma que “o dom da Indulgência plenária é particularmente estendido aos idosos, aos doentes, aos agonizantes e a todos aqueles que por motivos legítimos não podem sair de casa”. Quem rezar “um acto de piedade em honra a São José, oferecendo com confiança a Deus as dores e dificuldades de sua vidas”, poderá receber este dom “com um espírito distante de qualquer pecado e com a intenção de cumprir, o mais rápido possível, as três condições habituais, em sua própria casa ou onde o impedimento os detém”.

A exortação final é aos sacerdotes para que “se ofereçam com espírito disposto e generoso à celebração do Sacramento da Penitência e administrem frequentemente a Sagrada Comunhão aos enfermos”.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano



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