Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 12 de julho de 2021

QUE NENHUM DOENTE FIQUE SÓ

 


No Ângelus deste Domingo o Papa Francisco realçou a importância de um Sistema de Saúde gratuito e acessível a todos

   


Um sentimento de gratidão marcou o Ângelus deste Domingo, realizado do Hospital Agostino Gemelli, onde o Papa Francisco está internado há uma semana depois de se submeter a uma cirurgia ao intestino.

O Santo Padre rezou de modo especial por todos os enfermos e fez um apelo por um sistema de saúde acessível a todos. Da janela do décimo andar, recebeu o carinho dos fiéis - uma imagem que não se via desde 2005, quando no dia 13 de Março São João Paulo II pronunciou algumas palavras em público após uma traqueotomia.

Estou feliz por poder realizar o encontro dominical do Ângelus daqui, da Policlínica “Gemelli”. Estou grato a todos vós: senti a vossa proximidade e o apoio das vossas orações. Obrigado do coração!”


Papa Francisco: o sofrimento das crianças toca o coração


Algumas imagens do Ângelus deste 11 de Julho


A oração do Ângelus pelo Papa Francisco 11 de Julho de 2021


PAPA FRANCISCO

ÂNGELUS

Policlínica Universitária “A. Gemelli”, Domingo, 11 de Julho de 2021

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Estou feliz por poder realizar o encontro dominical do Ângelus daqui, da Policlínica “Gemelli”. Estou grato a todos vós: senti a vossa proximidade e o apoio das vossas orações. Obrigado do coração! O Evangelho que se lê na Liturgia de hoje narra que os discípulos de Jesus, por Ele enviados, «ungiam com óleo muitos doentes, curando-os» (Mc 6, 13). Este “óleo” faz-nos pensar também no sacramento da Unção dos enfermos, que dá conforto ao espírito e ao corpo. Mas este “óleo” é também a escuta, a proximidade, a solicitude, a ternura de quem cuida da pessoa doente: é como uma carícia que faz sentir melhor, acalma a dor e revitaliza. Mais cedo ou mais tarde todos nós, todos, precisamos desta “unção” da proximidade e da ternura, e todos podemos oferecê-la a outra pessoa, com uma visita, um telefonema, uma mão estendida a quem precisa de ajuda. Recordemos que, no protocolo do juízo final - Mateus 25 - uma das coisas sobre as quais nos interrogarão será a proximidade aos doentes.

Nestes dias de hospitalização, experimentei mais uma vez como é importante dispor de um bom serviço de saúde, acessível a todos, como existe na Itália e noutros países. Um serviço de saúde gratuito, que assegure um bom atendimento acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso preservá-lo! E por isso todos devemos comprometer-nos, pois serve a todos e requer a contribuição de todos. Até na Igreja às vezes acontece que alguma instituição de saúde, devido a uma má gestão, não está bem economicamente, e o primeiro pensamento que nos vem é de a vender. Mas na Igreja a vocação não consiste em ter dinheiro, mas em prestar serviço, e o serviço é sempre gratuito. Não vos esqueçais disto: salvar as instituições gratuitas!

Quero manifestar o meu apreço e encorajamento aos médicos e a todos os profissionais da saúde e ao pessoal deste hospital e de outros hospitais. Trabalham tanto! E rezemos por todos os doentes. Eis algumas amigas crianças doentes... Por que sofrem as crianças? Por que sofrem as crianças é uma interrogação que toca o coração. Acompanhá-las com a oração e rezar por todos os doentes, especialmente pelos que se encontram em condições mais difíceis: que ninguém fique sozinho, que cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado. Peçamo-lo por intercessão de Maria, nossa Mãe, Saúde dos enfermos.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano

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