Chamados à liberdade no amor
A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do "Reino".
A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.
O Evangelho apresenta o "caminho do discípulo" como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao "Reino". Sugere, também, que esse "caminho" deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
A segunda leitura diz ao "discípulo" que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I - 1 Re 19,16b.19-21
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, disse o Senhor a Elias:
«Ungirás Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar».
Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar com doze juntas de bois e guiava a décima segunda. Elias passou junto dele e lançou sobre ele a sua capa. Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo».
Elias respondeu: «Vai e volta, porque eu já fiz o que devia».
Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do arado assou a carne, que deu a comer à sua gente. Depois levantou-se e seguiu Elias, ficando ao seu serviço.
LEITURA II - Gal 5,1.13-18
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos:
Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Contudo, não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra:
«Amarás o teu próximo como a ti mesmo».
Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros. Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito, e o Espírito desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis. Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.
EVANGELHO - Lc 9,51-62
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?»
Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me».
Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás
não serve para o reino de Deus».
Avisos à Comunidade Paroquial:
Novo Missal Romano
Estava previsto que a terceira edição do Missal Romano, aprovada pela CEP e validada pelo Papa Francisco, entrasse em vigor a partir de 14 de Abril, Quinta-feira da Semana Santa. No entanto, o muito trabalho manual exigido no acabamento do novo Missal não permitiu que todas as paróquias o tivessem disponível na Páscoa.
Estando agora disponível, vamos iniciar o seu uso a partir das celebrações do próximo fim-de-semana.
Para além das alterações para o celebrante, as alterações nas respostas da assembleia não são significativas; destacamos a confissão no início da Missa em que, até agora, dizíamos “minha culpa, minha tão grande culpa”, passa a ser dito três vezes: “minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”.
Anteriores publicações sobre o novo Missal:
18Fev2022 - Nova tradução do Missal Romano
14Abr2022 - Nova edição do Missal Romano
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 26Jun, às 9H30 – XIII Domingo do Tempo Comum - Ano C
Quarta-feira dia 29Jun, às 19H00 – Eucaristia
Sábado dia 2Jul, às 17H00 – Eucaristia Vespertina na Capela de São Pantaleão
Domingo dia 3Jul, às 9H30 – XIV Domingo do Tempo Comum - Ano C
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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