Caminhar como os discípulos de Emaús
A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir esse Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para "partir o pão"; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.
É no Evangelho, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para "partir o pão". É aí que os discípulos O reconhecem.
A primeira leitura mostra (através da história de Jesus) como do amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova; e convida a comunidade de Jesus a testemunhar essa realidade diante dos homens.
A segunda leitura convida a contemplar com olhos de ver o projecto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu apelo a uma vida nova.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I - Actos 2,14.22-33
Leitura dos Actos dos Apóstolos
No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo:
«Homens de Israel, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue,
segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, livrando O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio. Diz David a seu respeito: 'O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção. Destes me a conhecer os caminhos da vida,
a alegria plena em vossa presença'. Irmãos, seja-me permitido falar vos com toda a liberdade: o patriarca David morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra se ainda hoje entre nós. Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um descendente do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo,
dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos, nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis».
LEITURA II - 1 Pedro 1,17-21
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos:
Se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor, durante o tempo de exílio neste mundo. Lembrai vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e oiro, que fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por vossa causa. Por Ele acreditais em Deus, que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.
EVANGELHO - Lc 24,13-35
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Emaús iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a sessenta estádios de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou Se deles e pôs Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou lhes.
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?»
Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?»
Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na Sua glória?»
Depois, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram n'O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram se lhes os olhos e reconheceram n'O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com ele, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Avisos à Comunidade Paroquial:
Jornadas Mundiais da Juventude
Sábado, dia 29 às 21H00, no Salão Paroquial, no âmbito da preparação das JMJ, vai realizar-se uma celebração ao estilo da comunidade francesa de Taizé. A celebração é organizada pelo Grupo de Jovens e pela Catequese Paroquial e é aberta à Comunidade Paroquial.
A Hora JMJ será assinalada neste Domingo, dia 23 de Abril, dia de referência à JMJ Lisboa 2023, em que faltarão exactamente 100 dias para o encontro internacional a decorrer em Lisboa com jovens de todo o mundo. Assim, amanhã, Domingo dia 23, pelas 20H23, mais de 900 paróquias de todo o país terão fachadas de monumentos iluminadas com as cores da JMJ Lisboa 2023 de Portugal e igrejas a tocar os sinos, procurando evocar este encontro internacional que procura promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo.
Como temos indo a anunciar, na semana anterior às Jornadas, na última semana de Julho, terão lugar os Dias na Diocese (ou Pré-Jornadas), uma oportunidade para as famílias participarem na JM, acolhendo jovens estrangeiros em sua casa. São esperados 5 000 jovens na nossa vigararia pelo que se reitera o pedido para que as famílias, que aceitem e tenham disponibilidade para receber em suas casas esses jovens, contactem o nosso pároco para efectuar a inscrição como Família de Acolhimento. Nos próximos tempos, até Agosto, a agenda do nosso pároco, porque responsável na nossa vigararia pelos jovens, estará muito ocupada com a preparação das JMJ.
Confraria do Santíssimo Sacramento
Na Sexta-feira, dia 28 às 20H30, no Salão Paroquial, vai realizar-se uma Assembleia Geral da Confraria do Santíssimo Sacramento.
Semana de Oração pelas Vocações 2023
Durante a próxima semana, de 23 a 30 de Abril, somos convidados a rezar pelas Vocações. “Troquemos o instante pelo eterno” é o tema da Semana das Vocações 2023. No próximo fim-de-semana, dias 29 e 30, os ofertórios das Eucaristias revertem para as Vocações.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 23Abr, às 9H30 – 3º Domingo da Páscoa - Ano A
Quarta-feira dia 26Abr, às 19H00 – Eucaristia – 7º Dia por Augusta de Campos Nogueira
Sábado dia 29Abr, às 17H00 – Eucaristia Vespertina
Domingo dia 30Abr, às 9H30 – 4º Domingo da Páscoa - Ano A
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia; JMJ 2023
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