Escultura de homenagem
a D. António Francisco dos Santos
e a D. Manuel Martins
O "Encontro dos Bispos" é a homenagem da Misericórdia do Porto à vida e obra dos bispos, para sempre ligados à cidade Invicta.
A escultura, uma homenagem à liberdade e à solidariedade, criada pelo pintor e escultor tirsense José Maia e oferecida à cidade pela Misericórdia do Porto, foi inaugurada por D. Manuel Linda no passado dia 15 de Abril.
O Largo da Paz, na cidade do Porto, é o espaço que acolhe a nova peça de arte pública dedicada a dois bispos: D. António Francisco dos Santos (1948-2017), bispo do Porto entre 2014 e 2017, e de D. Manuel Martins (1927-2017), bispo-emérito de Setúbal nascido em Leça do Balio.
"É uma homenagem que se impunha, que é justa e merecida", destacou o Dr. António Tavares, provedor da Misericórdia do Porto. "Não só pelo que fizeram em vida, mas também pelo que, depois de já não estarem no nosso convívio, vão continuar a fazer: o seu exemplo e a sua mensagem de trabalho e de vida". Para o provedor, "ambos deixaram uma marca, não só na cidade, mas no país", incluindo para as futuras gerações. "É muito importante que compreendam que vale a pena continuar a lutar a favor dos mais desfavorecidos e a favor da nossa sociedade", enfatizou.
D. Manuel Linda fez a bênção da escultura num dia particularmente especial - para além de ser o seu aniversário, assinalava o quinto aniversário em que celebrou a primeira missa como bispo do Porto. "Que esta escultura, que representa dois grandes que fizeram da sua vida um serviço ao próximo, lembre a todos nós que a condição humana é exactamente a de nos colocarmos ao serviço dos outros, particularmente dos mais vulneráveis e frágeis", sustentou. "Que todos aqueles que virem esta escultura sintam no seu coração a vontade de fazer o bem, de se aproximarem dos irmãos e, na bonomia e na simpatia, construam laços de solidariedade que permaneçam e edifiquem uma sociedade nova", acrescentou D. Manuel Linda.
"Sinto-me um privilegiado, pela escolha, pela confiança e, acima de tudo, pelas pessoas que me foi confiado transportar para o futuro", afirmou o autor José Maia. "A escultura é simples", assegurou. "Trata-se de dois amigos que se encontram. O gesto vai para além das próprias figuras", justificou. "Os dois bispos eram pessoas dinâmicas e tentei, de uma maneira subtil, dar esse dinamismo. São duas pessoas que se encontram, que vão ao encontro uma da outra. E [a escultura] transmite a empatia de duas pessoas que se encontram", continuou. Para o escultor, a peça traduz "o lado simbólico da própria relação humana, da empatia, da amizade". "Tentei, através dessa simplicidade, transmitir o que eles foram na realidade", concluiu.
Fontes: Santa Casa da Misericórdia do Porto; Voz Portucalense
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