Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O ENGANO CINTILANTE DOS ÍDOLOS


Nesta Quarta-feira o Papa Francisco, prosseguindo as catequeses sobre os Dez Mandamentos, aprofundou o tema da idolatria tratado no primeiro mandamento
   
   
O Santo Padre reflectiu em particular sobre o «ídolo por excelência, o bezerro de ouro», com o seu «engano cintilante» do qual fala o Livro do Êxodo (32, 1-8).

Depois de ter contextualizado o episódio bíblico de referência no «deserto, onde o povo esperava Moisés, que tinha subido ao monte», o Papa explicou que o deserto simboliza «a vida humana, cuja condição é incerta e não possui garantias invioláveis».
E dado que Moisés permaneceu no monte por «quarenta dias, o povo ficou impaciente» pois faltava-lhe «o ponto de referência: o líder, o chefe, o guia seguro».
Por isso o povo, caindo numa armadilha, pretendeu «um deus visível para se poder identificar e orientar» e pediu a Araão para fabricar «um deus que caminhe à nossa frente», isto é, «um chefe, um líder», visto que a «natureza humana, para evitar a precariedade procura uma religião “descartável”».


«Estes são os grandes ídolos: sucesso, poder e dinheiro.»




Resumo, disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:

Dando continuidade às catequeses sobre os Dez mandamentos, hoje aprofundaremos o tema da idolatria, reflectindo sobre o bezerro de ouro, narrado no Livro do Êxodo.

O texto fala que o povo hebreu se encontrava no deserto, à espera de Moisés que subira ao monte para estar com Deus.
O deserto, de facto, é o lugar da precariedade, da insegurança, sendo também um símbolo das incertezas da vida humana.
Na falta de um ponto de referência, o povo hebreu pede que Aarão, irmão de Moisés, lhes construísse um ídolo com que eles pudessem se identificar e orientar: é a eterna tentação de fazer um deus sob medida.
O bezerro de ouro representa, desse modo, a falta de confiança em Deus, deixando-se levar pelas tentações que conduzem à escravidão do pecado: poder, liberdade, riqueza, etc.

Como nos mostrou Jesus, o Deus verdadeiro é Aquele que se faz pobre para nos tornar participantes da sua riqueza.
É um Deus que se mostra fraco, pregado na Cruz, para nos ensinar que devemos reconhecer a nossa fragilidade, pois é ali onde encontramos a força do Alto que nos enche com o seu amor misericordioso.




Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano


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