Nesta Quarta-feira o Papa Francisco, prosseguindo as catequeses sobre os Dez Mandamentos, aprofundou o tema da idolatria tratado no primeiro mandamento
O
Santo Padre reflectiu em particular sobre o «ídolo por excelência,
o bezerro de ouro», com o seu «engano cintilante» do qual fala o
Livro do Êxodo (32, 1-8).
Depois
de ter contextualizado o episódio bíblico de referência no
«deserto, onde o povo esperava Moisés, que tinha subido ao monte»,
o Papa explicou que o deserto simboliza «a vida humana, cuja
condição é incerta e não possui garantias invioláveis».
E
dado que Moisés permaneceu no monte por «quarenta dias, o povo
ficou impaciente» pois faltava-lhe «o ponto de referência: o
líder, o chefe, o guia seguro».
Por
isso o povo, caindo numa armadilha, pretendeu «um deus visível para
se poder identificar e orientar» e pediu a Araão para fabricar «um
deus que caminhe à nossa frente», isto é, «um chefe, um líder»,
visto que a «natureza humana, para evitar a precariedade procura uma
religião “descartável”».
«Estes
são os grandes ídolos: sucesso, poder e dinheiro.»
Resumo,
disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:
Dando
continuidade às catequeses sobre os Dez mandamentos, hoje
aprofundaremos o tema da idolatria, reflectindo sobre o bezerro de
ouro, narrado no Livro do Êxodo.
O
texto fala que o povo hebreu se encontrava no deserto, à espera de
Moisés que subira ao monte para estar com Deus.
O
deserto, de facto, é o lugar da precariedade, da insegurança, sendo
também um símbolo das incertezas da vida humana.
Na
falta de um ponto de referência, o povo hebreu pede que Aarão,
irmão de Moisés, lhes construísse um ídolo com que eles pudessem
se identificar e orientar: é a eterna tentação de fazer um deus
sob medida.
O
bezerro de ouro representa, desse modo, a falta de confiança em
Deus, deixando-se levar pelas tentações que conduzem à escravidão
do pecado: poder, liberdade, riqueza, etc.
Como
nos mostrou Jesus, o Deus verdadeiro é Aquele que se faz pobre para
nos tornar participantes da sua riqueza.
É
um Deus que se mostra fraco, pregado na Cruz, para nos ensinar que
devemos reconhecer a nossa fragilidade, pois é ali onde encontramos
a força do Alto que nos enche com o seu amor misericordioso.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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