Como
anunciou o nosso Bispo na sua Mensagem à Diocese de 29 de Junho, foi
apresentado no dia 10 de Julho o Plano Diocesano de Pastoral
2015-2020.
Transcrevemos
o texto de apresentação do Plano Diocesano de Pastoral 2015-2020:
O
Plano Pastoral 2015-2020, que aqui apresentamos e queremos para a
nossa Diocese, tem por base uma nova perspectiva eclesial, ao ser
projectado num horizonte de cinco anos: um Plano Pastoral com metas
traçadas, objectivos definidos, caminhos propostos, actividades
programadas.
Abre
este Plano um novo horizonte pastoral de trabalho eclesial e afirma a
importância de assumirmos, na corresponsabilidade pastoral, um
espírito sinodal que a todos envolva, mobilize e coloque em
permanente «estado de missão» (EG 25) e sempre em comunhão com a
Igreja Universal, atentos ao Magistério do Papa Francisco.
Este
Plano Pastoral procura dar rosto à «Alegria do Evangelho» de que
fazemos «nossa missão». Este Plano quer assumir a «Alegria do
Evangelho» no espírito evangélico das Bem-aventuranças (Mt
5,1-12), que Jesus proclamou e que se realizam sempre que vivemos as
Obras de Misericórdia (Mt 25, 35-40).
Assim
concebido, este Plano quinquenal tem necessariamente de se desdobrar
em etapas anuais, através de um Plano Anual, de uma Programação
para cada ano pastoral e de um Calendário Diocesano de Pastoral, que
integrem os objectivos específicos, as áreas pastorais priorizadas,
as actividades propostas e a sua forma de concretização em cada
tempo.
O
Plano Diocesano de Pastoral deve inspirar e nunca cercear a
actividade e a criatividade das vigararias e paróquias, dos
secretariados e serviços diocesanos, das comunidades religiosas e
institutos de vida consagrada, dos movimentos e obras, das
instituições e associações da Diocese.
À
comunhão de todos, traduzida em unidade criativa, vivida com
espírito sinodal e sentida no acolhimento dos sacerdotes, diáconos,
consagrados e leigos da Diocese, se ficará a dever a eficácia e o
dinamismo da nossa acção pastoral, procurando levar a todos os
membros da Igreja diocesana e a tantos outros que vivem distantes da
Igreja o anúncio feliz do Evangelho.
A
elaboração do texto, agora apresentado, procurou integrar os
contributos da reflexão feita nas várias sessões do Conselho
Episcopal, do Cabido Portucalense, do Conselho Presbiteral, do
Conselho Diocesano de Pastoral, nas reuniões de Vigários, assim
como as sugestões recebidas dos secretariados e serviços
diocesanos, das comunidades religiosas e dos movimentos apostólicos.
Um
Plano Diocesano de Pastoral será tanto mais motivador de todos nós,
sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, e mobilizador de todas
as nossas comunidades, quanto mais formos chamados a trabalhar na
sua elaboração, a implicarmo-nos na sua redacção, a sentirmo-nos
envolvidos na sua realização e a sabermo-nos convocados para a sua
avaliação.
Este
envolvimento de todos foi uma bela experiência de vida da nossa
Igreja diocesana e permitiu-nos descobrir e valorizar o sentido de
corresponsabilidade eclesial que em todos encontramos. É muito o bem
que na nossa Igreja diocesana se realiza e, por ela, está presente a
vivificar o mundo do nosso tempo.
Neste
contexto, merecem assim destaque especial as várias etapas de
diálogo, de partilha, de comunhão e de programação, que
percorremos com serenidade, alegria e benefício pastoral em todas as
instâncias de corresponsabilidade diocesana. Acolhemos em cada
momento vivido, e em cada etapa percorrida, neste tempo de
preparação do Plano Diocesano de Pastoral, o contributo de todos,
para que agora, cada um pessoalmente e todos em conjunto, nos grupos,
movimentos apostólicos e comunidades cristãs de que fazemos parte,
nos deixemos guiar pelo Espírito de Deus e a missão da Igreja se
cumpra no Porto, em cada tempo e em cada lugar.
É
esta, por isso, mais uma bela etapa, que queremos percorrer, neste
início do mês de Julho, ao apresentarmos à Diocese o Plano
Diocesano de Pastoral quinquenal, com uma concretização muito
específica para o Ano Pastoral 2015-2016.
O
Espírito Santo é a alma da Igreja e Seu grande e primeiro
protagonista e, embora de maneira mais discreta, da sociedade humana.
Ele é a fonte da novidade perene que, em cada geração, em cada
tempo e em cada lugar, permanentemente nos encanta, surpreende,
suscita e anima.
A
Igreja, por si e em constante sintonia de fidelidade, procura
corresponder às inspirações do Espírito Santo, promovendo as
iniciativas que julga mais adequadas para cada tempo e lugar.
Deixaremos,
pois, à inspiração do Espírito e à vontade de prosseguirmos o
caminho agora iniciado, o trabalho de, numa gradualidade contínua,
desenvolvermos este Plano Diocesano, segundo os temas desde já
propostos e em ordem a alcançarmos os objectivos que sonhamos.
Estão
em curso presentemente na Igreja, como é sabido, iniciativas,
propostas e realizações de grande projecção, designadamente o Ano
da Vida Consagrada, o Sínodo da Família e o Jubileu da
Misericórdia. O Ano da Vida Consagrada iniciou-se no primeiro
domingo do Advento do presente ano litúrgico e prolongar-se-á até
ao próximo dia 2 de Fevereiro de 2016. O Sínodo da Família teve
uma primeira sessão, a Assembleia Extraordinária em Outubro de 2014
e preparamos agora a Assembleia Ordinária a decorrer em Roma, de 4 a
25 de Outubro próximo.
O
Jubileu da Misericórdia, anunciado pelo Papa Francisco, a 13 de
Março passado, no segundo aniversário da sua eleição, foi
convocado pela Bula “Misericordiae Vultus”, no passado dia 11 de
Abril, Domingo da Misericórdia, e decorrerá de 8 de Dezembro deste
ano até ao domingo de Cristo Rei, a 20 de Novembro de 2016.
Constituem
estes acontecimentos três acrescidas razões para vivermos uma
comunhão intensa com o Papa Francisco, a quem se devem estas
iniciativas e realizações da Igreja. Agradecemos a Deus o dom da
vida consagrada e as 109 comunidades religiosas presentes na nossa
Diocese e tantas formas de vida consagrada no meio do mundo, assim
como as muitas vocações para a vida sacerdotal, religiosa e
missionária, nascidas neste chão fecundo da Igreja do Porto.
Queremos acompanhar pela oração, pela reflexão do texto agora
publicado, no “Instrumento de Trabalho” do próximo Sínodo, e
pela abertura às orientações do Magistério da Igreja, tudo quanto
à família se deve nestes tempos. Urge afirmar a beleza da família
e o valor do matrimónio e do amor, mas também saber acolher,
acompanhar e integrar as famílias que vivem horas de sofrimento ou
de ruptura.
Queremos
dar ao Jubileu da Misericórdia espaço na nossa vida, no nosso
coração e na nossa ação, para que sejamos protagonistas da
Misericórdia, como filhos do Deus da Misericórdia, discípulos
missionários desse Jesus, que é o «rosto da Misericórdia», e
presenças actuantes de uma Igreja, Mãe de Misericórdia.
A
alegria, a esperança e a misericórdia serão o motor e a força
propulsora, que nos conduzirão ao longo deste Plano Diocesano de
Pastoral.
Progredindo
no conhecimento e no amor à Palavra de Deus e centrando-nos sempre
no encontro pessoal com Jesus Cristo, em quem Deus e o homem se unem
em admirável harmonia, formando uma só pessoa, queremos viver o
próximo quinquénio pastoral, sob o impulso renovador da alegria do
Evangelho, da esperança cristã e da misericórdia divina, que
possam abrir-nos a um caminho sinodal e a uma experiência viva de
uma Igreja que faz da alegria, da esperança e da misericórdia o seu
caminho diário.
O
mundo de hoje precisa deste testemunho contagiante da alegria, da
esperança e da misericórdia. Ao fazermos da alegria do Evangelho a
nossa missão, da esperança cristã a presença irradiante que
renova e anima, e da misericórdia o rosto terno e materno da Igreja,
estamos a traduzir as bem-aventuranças do Evangelho para o nosso
tempo, para que a Igreja do Porto seja pátria das bem-aventuranças.
Que
Nossa Senhora de Vandoma e da Assunção, Senhora da Alegria, Estrela
da Esperança e Mãe de Misericórdia, que veio trazer em Fátima um
convite à oração e à reparação do mal e do pecado, e uma
mensagem de esperança e de paz, abençoe e proteja, guie e
acompanhe, com a Sua ternura de Mãe, a Igreja do Porto.
Porto,
24 de Junho, na Solenidade litúrgica do nascimento de S. João
Baptista, do ano de 2015.
D.
António Francisco dos Santos, Bispo do Porto
D.
António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
D.
João Lavrador, Bispo Auxiliar do Porto
D.
Pio Alves, Bispo Auxiliar do Porto
Fonte:
Diocese do Porto
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