Na
audiência geral desta manhã o Papa Francisco continuou as suas
catequeses sobre a misericórdia:
Deus
de misericórdia infinita, e Deus de justiça perfeita
–
como
se conciliam estas duas coisas?
Segundo
o Papa Francisco não há uma contradição, pois é a misericórdia
que leva ao cumprimento da verdadeira justiça.
O
resumo da catequese de hoje:
A
Bíblia apresenta-nos Deus como a misericórdia infinita e a justiça
perfeita.
Não
há contradição, pois é a misericórdia que leva ao cumprimento da
verdadeira justiça.
De
facto, existe um tipo de justiça, a retributiva, que manda dar a
cada um o que lhe é devido, que leva a condenar quem comete um
delito.
Contudo,
não é uma justiça perfeita, pois não vence realmente o mal,
apenas contém o seu avanço.
Na
Bíblia, aprendemos outro modo de fazer justiça.
Não
através da punição, mas do perdão que apela à consciência, para
conduzir à conversão.
O
ofendido ama o culpado e quer salvá-lo.
É
um caminho difícil.
Mas
só quando o culpado reconhece o mal e muda de vida é que a justiça
triunfa.
“É
este o modo de resolver os conflitos nas famílias, nas relações no
casal ou entre pais e filhos onde o ofendido ama o culpado e deseja
salvar a relação que o liga ao outro.”
“Certo,
este é um caminho difícil.
Exige
que quem sofreu uma ofensa esteja pronto a perdoar e deseje a
salvação e o bem de quem o ofendeu.
Mas
só assim a justiça pode triunfar, porque, se o culpado reconhece o
mal feito e deixa de o fazer, eis que o mal já não existe e aquele
que era injusto torna-se justo, porque perdoado e ajudado a
reencontrar o caminho do bem.”
E
é assim que Deus, com o seu coração de Pai, age connosco: a sua
justiça é o seu perdão.
Em
Jesus, a misericórdia fez-se carne e a verdadeira justiça alcançou
a plenitude: fomos perdoados, chamamos a Deus de Pai e, por isso,
devemos perdoar àqueles nos ofendem como Ele nos perdoou.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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