Na
catequese de hoje o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de reflexões
dedicado às obras de misericórdia corporais e espirituais
O
Santo Padre afirmou que com simples gestos de misericórdia podemos
cumprir uma verdadeira revolução cultural, pois as obras de
misericórdia são o antídoto contra a indiferença.
“Estou
convencido que com simples gestos quotidianos podemos realizar uma
verdadeira revolução cultural.
Se
cada um de nós fizer pelo menos uma obra de misericórdia por dia,
teremos uma revolução!”
“Que
o Espírito Santo acenda em nós o desejo de viver com este estilo de
vida.
Pelo
menos uma obra por dia.
Aprendamos
novamente de cor as obras corporais e espirituais de misericórdia e
peçamos ao Senhor que nos ajude a colocá-las em prática todos os
dias.
É
o momento em que vemos Jesus numa pessoa que está necessitada.”
Resumo
da catequese do Papa Francisco:
Não
basta experimentar a misericórdia de Deus; é preciso que a pessoa
que a recebe se torne também sinal e instrumento dela para os
outros.
E
como poderemos ser testemunhas de misericórdia?
Não
pensemos que se trata de realizar grandes esforços ou gestos
sobre-humanos.
Jesus
indica-nos uma estrada muito mais simples, feita de gestos pequenos
mas de tão grande valor a olhos d’Ele que sobre tais gestos
seremos julgados: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem
tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos
enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos.
A
Igreja chama-lhes obras de misericórdia corporal, porque socorrem as
pessoas nas suas necessidades materiais.
Mas
temos também as sete obras de misericórdia espiritual: dar bons
conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os
tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas
do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos.
Estas
obras são o modo concreto de viver a misericórdia.
Não
devemos andar à procura de grandes empreendimentos e obras; o melhor
é começar pelas mais simples que o Senhor nos aponta como sendo as
mais urgentes.
Santa
Teresa de Calcutá é recordada não tanto pelas muitas casas que
abriu no mundo, como sobretudo porque se inclinava sobre cada pessoa
que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe devolver a
dignidade.
O
melhor antídoto para um mundo ferido pelo vírus da indiferença é
praticar as obras de misericórdia.
No
final da audiência geral o Papa Francisco voltou a fazer um apelo
pela paz na Síria:
“Quero
sublinhar e repetir a minha proximidade a todas as vítimas do
desumano conflito na Síria.
É
com um sentido de urgência que renovo o meu apelo, implorando, com
toda a minha força aos responsáveis, a fim de que providencie a um
imediato cessar-fogo, que seja imposto e respeitado, pelo menos pelo
tempo necessário para consentir a evacuação dos civis, sobretudo
das crianças, que estão ainda presos debaixo dos cruéis
bombardeamentos.”
E
recordou o Dia Internacional pela Redução dos Desastres Naturais
que se celebra amanhã dia 13 de Outubro.
O
Santo Padre sublinhou que os efeitos dos desastres naturais “são,
muitas vezes, devidos a falhas no cuidado com o ambiente por parte do
homem” e apelou para uma “cultura de
prevenção” para que sejam reduzidos “os
riscos para as populações mais vulneráveis”.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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