Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ACOLHER O ESTRANGEIRO E VESTIR OS NUS




Na catequese de hoje o Papa Francisco exortou as dioceses, paróquias, institutos de vida consagrada, associações e movimentos a acolherem os migrantes que fogem da guerra, da fome e da violência
   
   
O Papa Francisco propôs hoje uma catequese sobre duas obras de misericórdia corporais: acolher o estrangeiro e vestir os nus:

Hoje damos atenção a esta palavra de Jesus: «Era estrangeiro e acolheste-me, nu e vestiste-me» (Mt 25,35-36).
Hoje em dia é muito actual a obra de acolher os estrangeiros.
A crise económica e as mudanças climáticas empurram tantas pessoas a emigrar.”

Até mesmo Jesus teve que emigrar com a sua família para o Egipto durante a perseguição de Herodes – recordou o Papa:

A própria Santa Família – Maria, José e o pequeno Jesus – foi obrigada a emigrar para fugir à ameaça de Herodes: «José levantou-se, na noite, pegou no menino e sua mãe e refugiou-se no Egipto, onde ficou até à morte de Herodes» (Mt 2,14-15).”

Num mundo onde a crise económica, conflitos armados e mudanças climáticas obrigam muitas pessoas a abandonarem a sua pátria – continuou Francisco – acolher o estrangeiro apresenta-se como uma obra de misericórdia muito actual.
Uma ajuda que deve ser promovida por todos sem excepção – observou o Santo Padre:

É um compromisso que envolve todos, ninguém excluído.
As dioceses, as paróquias, os institutos de vida consagrada, as associações e os movimentos, como cada um dos cristãos, somos todos chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da violência das condições desumanas.
Todos juntos somos uma grande força de apoio para os que perderam pátria, família, trabalho e dignidade.”


O resumo da catequese do Papa Francisco:

As obras de misericórdia corporais são um meio para manter viva e dinâmica a nossa fé.
Estas permitem-nos encontrar o Senhor que se faz presente em cada pessoas necessitada como, por exemplo, “o estrangeiro” e “quem está nu”.

De facto, ao longo dos séculos, foram muitas as expressões de solidariedade para com os imigrantes.
Este não é um fenómeno recente, pois a história da humanidade é uma história de migração - até mesmo Jesus teve que emigrar com a sua família para o Egipto durante a perseguição de Herodes.
Mas, num mundo onde a crise económica, conflitos armados e mudanças climáticas obrigam muitas pessoas a abandonar a sua pátria, acolher o estrangeiro apresenta-se como uma obra de misericórdia muito actual.

É preciso também vestir aquele que está nu, ou seja, restituir a dignidade a quem é vítima de todo o tipo de exploração ou discriminação.
O Senhor chama-nos a não nos fecharmos na indiferença, mas a abrirmo-nos aos demais, num compromisso tanto comunitário como pessoal, que torna a nossa fé fecunda, gerando paz e preservando a dignidade das pessoas.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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