Na
catequese de ontem o Papa Francisco falou sobre duas
obras de misericórdia:
dar
de comer a que tem fome e dar de beber a quem te sede
O
Papa referiu as palavras de S. Tiago na leitura proposta logo no
início da audiência:
“São
sempre actuais as palavras do apóstolo Tiago:
‘De
que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé se não tiver
obras? Aquela fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiverem nus
e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: «Ide
em paz, aquecei-vos e saciai-vos», sem lhes dar o que é necessário
ao corpo de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não
tiver obras é morta em si mesma.’ ”
“Há
sempre alguém que tem fome e sede e tem necessidade de mim, da minha
ajuda, da minha palavra, do meu compromisso”.
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Entre
as obras de misericórdia, aparecem estas duas: dar de comer a quem
tem fome e beber a quem tem sede.
A
experiência da fome é dura.
Que
o diga quem viveu períodos de guerra ou de carestia! E todavia esta
experiência repete-se todos os dias, verificando-se, por vezes,
mesmo ao lado da abundância e do desperdício.
Uma
das consequências do «bem-estar» é levar as pessoas a fecharem-se
em si mesmas, tornando-se insensíveis às necessidades dos outros.
Perante
certas notícias e sobretudo certas imagens, a opinião pública
sente-se interpelada e adere a campanhas de ajuda que visam estimular
a solidariedade; esta frutifica em doações generosas, contribuindo
assim para aliviar o sofrimento de muita gente.
Tal
forma de caridade é importante, mas talvez não nos toque e faça
vibrar pessoalmente.
Mas
quando, seguindo pela estrada, nos cruzamos com uma pessoa
necessitada, ou então quando um pobre bate à nossa porta, já o
caso é diferente, porque à nossa frente não temos uma imagem, mas
a pessoa real que nos interpela.
Neste
caso, qual é a minha reacção?
Viro
a cara para o outro lado, finjo que não vejo e sigo pela minha
estrada, ou paro a falar interessando-me pela situação daquela
pessoa?
Vejo
se a posso socorrer de algum modo, ou procuro libertar-me o mais
depressa possível?
Talvez
me peça apenas o necessário para viver: qualquer coisa para comer,
para beber…
Um
pedido como este não deveria soar estranho aos nossos ouvidos,
porque nós tantas vezes nos voltamos para o Pai do Céu dizendo-Lhe:
«O pão nosso de cada dia nos dai hoje».
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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