Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 15 de outubro de 2016

ACTUAL MODELO DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS ESTÁ ESGOTADO

O Papa reprovou o actual modelo mundial de produção de alimentos

com toda a sua ciência, consente que cerca de 800 milhões de pessoas passem fome”
   
   
Numa mensagem enviada na passada sexta-feira à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) por ocasião do Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), o Papa Francisco abordou inicialmente a questão das mudanças climáticas, pedindo que as decisões do Acordo de Paris “não fiquem somente nas palavras, mas se tornem em valentes decisões concretas”.

No sector de actuação da FAO, está a crescer o número daqueles que pensam que são omnipotentes e podem ignorar o ciclo das estações ou modificar indevidamente as diferentes espécies de animais e plantas, provocando a perda desta variedade que, se existe na natureza, significa que tem – e deve ter – uma função”.

No contexto das manipulações genéticas, o Papa observou que “obter uma qualidade que dá excelentes resultados em laboratório pode ser vantajoso para alguns, mas pode ter efeitos desastrosos para outros”.

Convida a dar a devida atenção à sabedoria dos produtores rurais:

Esta sabedoria que os agricultores, os pescadores, os ganadeiros conservam na memória das gerações, e que agora vêem como está sendo ridicularizada e esquecida por um modelo de produção que beneficia somente pequenos grupos e uma pequena porção da população mundial”

E condena ainda o desperdício de alimentos:

Já não basta impressionar-se e comover-se diante de quem, em qualquer latitude, pede o pão de cada dia”.

É necessário decidir-se e actuar.
Muitas vezes, também enquanto Igreja católica, recordamos que os níveis de produção mundial são suficientes para garantir a alimentação de todos, com a condição de que haja uma justa distribuição”.

A mensagem do Papa termina com um apelo para uma mudança de rumo, à qual todos estamos chamados a cooperar:

Cada um nos seus respectivos âmbitos de responsabilidade, mas todos com a mesma função de construtores de uma ordenação interna nos países e uma ordenação internacional, permita que o desenvolvimento não seja somente uma prerrogativa de poucos, nem que os bens da criação sejam património dos poderosos”.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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