Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 13 de novembro de 2016

JUBILEU DAS PESSOAS SOCIALMENTE EXCLUÍDAS




No Vaticano decorre este fim-de-semana o Jubileu das pessoas socialmente excluídas


[Às 8H55 de Domingo, transmissão da Missa por ocasião do Jubileu das pessoas socialmente excluídas]

 
   
Os pobres serão os protagonistas, no Vaticano, neste fim-de-semana, no contexto do Jubileu das pessoas socialmente excluídas.


Na passada sexta-feira (11Nov), encontraram-se com o Papa Francisco na Sala Paulo VI e ontem, sábado, participaram da audiência jubilar na Praça São Pedro.
Hoje, domingo, participam da missa do Jubileu das pessoas socialmente excluídas presidida pelo Papa Francisco.


Na manhã de sexta-feira o Papa Francisco recebeu em audiência os cerca de 4.000 sem-abrigo que viveram ou que vivem na rua, provenientes de muitos países europeus, e estão presentes estes dias em Roma para celebrar o seu Jubileu da Misericórdia.

Após ter escutado as palavras proferidas pelos testemunhos, o Papa, falando de braços abertos, recordou aos presentes:

A pobreza está no coração do Evangelho; só quem sente que lhe falta algo olha para cima e sonha alto; quem tudo tem não pode sonhar; as pessoas seguiam Jesus porque sonhavam que ele ia curá-los e libertar-lhes dos males de que sofriam: eram homens e mulheres com paixão e sonhos; esses eram as pessoas que seguiam Jesus.
Por isso, eu vos peço hoje: ensinem a todos nós que temos um tecto para dormir, que não nos falta comida ou medicamentos, ensinem-nos a nunca nos sentirmos satisfeitos, a perder a capacidade de sonhar; mediante os vossos sonhos ensinem-nos a sonhar a partir do Evangelho, vós que estais no coração do Evangelho”.

No final, o Papa agradeceu a todos por terem vindo visitá-lo, pelos testemunhos de vida que foram comunicados e disse:

Peço-vos perdão, por todas as vezes que vos ofendi com as minhas palavras ou por não ter dito aquilo que deveria ter dito; peço-vos perdão em nome dos cristãos que não lêem o Evangelho na devida forma para encontrarem a pobreza no seu centro; peço-vos perdão por todas as vezes que os cristãos perante uma pessoa pobre, ou perante uma situação de pobreza viraram o rosto para o outro lado; perdão!
O vosso perdão aos homens e mulheres da Igreja que nunca vos quiseram encontrar é uma água benta para nós, é limpeza para nós, é ajudar-nos a voltar a acreditar que no coração do Evangelho está a pobreza como a grande mensagem e que todos nós, cristãos, católicos, temos construir uma Igreja pobre para os pobres; e que cada homem e mulher tem que ver em cada pobre, a mensagem de Deus que se fez pobre para nos acompanhar na vida. Que Deus vos abençoe”.

Ao terminar o encontro, o Papa, colocando-se de pé, recitou uma invocação ao Senhor:

Deus, Pai de todos nós, de cada um de vossos filhos, peço-vos que nos dê força, que nos dê alegria, que nos ensine a sonhar para olhar adiante; que nos ensine a ser solidários, porque somos irmãos; e que nos ajude a defender a nossa dignidade”.



Na manhã de ontem, na sua catequese da última audiência Jubilar, o Papa reflectiu sobre um aspecto importante da misericórdia: a inclusão.

E explicou:

Deus quer todos incluídos; não exclui ninguém.”

Resumo da catequese do Santo Padre:

Um aspecto importante da misericórdia é a inclusão, que se manifesta nos nossos braços abertos para acolher, sem excluir nem classificar os outros segundo a sua condição social, língua, raça, cultura, religião.
Diante de nós, há apenas uma pessoa concreta que devemos amar como Deus a ama.
Deus quer todos incluídos; não exclui ninguém.
Como são verdadeiras as palavras de Jesus, quando convida a ir até Ele todas as pessoas que estão cansadas e oprimidas, garantindo-lhes alívio e conforto.
Os seus braços abertos na cruz provam que ninguém é excluído do seu amor e da sua misericórdia.
A expressão mais palpável de que somos acolhidos e restaurados em Jesus é o seu perdão.
Todos precisamos de ser perdoados por Deus; e todos precisamos de encontrar irmãos e irmãs que nos ajudem a chegar até Jesus e receber o perdão que Ele nos mereceu na cruz.
Não sejamos de obstáculo a que isso aconteça.
O nosso coração é misericordioso?
O nosso modo de pensar e agir é inclusivo?
É que, através dos nossos olhos, pousa-se o olhar de Jesus sobre cada um dos nossos irmãos.
Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, para sermos testemunhas da misericórdia com que Deus acolheu e acolhe a cada um de nós.
Não excluamos ninguém; antes, pelo contrário, com humildade e simplicidade, façamo-nos instrumentos da misericórdia inclusiva do Pai.




13Nov2016, às 8H55, transmissão da Missa por ocasião do Jubileu das pessoas socialmente excluídas



Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; Centro Televisivo do Vaticano

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