Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ENTERRAR OS MORTOS E REZAR POR VIVOS E DEFUNTOS


Na audiência geral desta manhã o Papa Francisco concluiu o ciclo de catequeses dedicado à misericórdia analisando duas obras de misericórdia:
uma espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos;
outra corporal, enterrar os mortos
 
 
A propósito de rezar pelos vivos, o Santo Padre contou um episódio ocorrido no dia anterior de um jovem empresário que participou na Missa em Santa Marta e que após a celebração disse em lágrimas que deveria fechar a sua fábrica devido à crise mas 50 famílias ficariam sem trabalho.

Eis um bom cristão”disse o Papa, pois ele poderia declarar falência e ficar com o dinheiro, mas a sua consciência não o permitia e foi à missa para pedir a Deus uma solução, não para ele, mas para as 50 famílias.

Este é um homem que sabe rezar, pelo próximo numa situação difícil.
E não busca a solução mais fácil.
Fez-me tão bem ouvi-lo e espero que existam tantas pessoas assim hoje, pois muitos sofrem com a falta de trabalho”.


Concluindo as catequeses sobre a misericórdia, o Papa Francisco pede um esforço de rezar uns pelos outros para que as obras de misericórdia corporais e espirituais se tornem sempre mais o estilo da nossa vida:

Fizemos o percurso das 14 obras de misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses 14 modos.”


Nas saudações finais o Papa declarou o seu pesar pelas vítimas do acidente de aviação que vitimou a equipa de futebol brasileira Chapecoense:

Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia da equipa de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias.
Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos Superga, em 1949.
São tragédias duras. Rezemos por eles.”



Resumo da Catequese do Santo Padre:

Concluímos hoje o ciclo de catequeses dedicado ao tema da misericórdia, com a análise de duas obras de misericórdia: uma espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos, e outra corporal, enterrar os mortos.

À primeira vista, esta última pode parecer estranha, mas pensemos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, onde enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito actual.
Às vezes significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento, outras vezes exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz.

Para os cristãos, a sepultura é um acto de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos.
Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus.

Por fim, não podemos esquecer de rezar pelos vivos, nossos companheiros nas provas da vida.
Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os baptizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a acção do Espírito Santo, podem interceder uns pelo outros.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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