Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 14 de junho de 2017

DEUS AMOU-NOS PRIMEIRO E COM AMOR INCONDICIONAL




O Papa Francisco prosseguiu o ciclo das suas catequeses sobre a esperança cristã a partir da parábola do filho pródigo
   
   
Deus tem para connosco um amor antecipado e incondicional, Ele não nos ama porque é amor, e o amor tende por sua natureza a difundir-se, a dar-se.
E Deus não condiciona nem mesmo a sua benevolência à nossa conversão - disse o Papa na audiência geral da manhã de hoje.

Nenhum de nós pode viver sem amor e uma das piores escravidões em que podemos cair é acreditar que o amor deve ser merecido, disse o Papa, reiterando que uma boa parte da angústia do homem de hoje vem da convicção de que, se não formos fortes, atraentes e bonitos, então ninguém vai cuidar de nós:

Muitas pessoas hoje procuram uma visibilidade só para preencher um vazio interior: como se fôssemos pessoas que eternamente precisam de confirmação.
Mas, podeis imaginar um mundo onde todos mendigam motivos para despertar a atenção dos outros, e ninguém está disposto a amar gratuitamente uma outra pessoa?
Parece um mundo humano, mas na realidade é um inferno”.


Resumo da catequese de hoje:

A nossa esperança assenta na certeza de sermos filhos de Deus, amados, desejados por Deus.

Se quisermos mudar o coração duma pessoa triste, é preciso, antes de mais nada, fazer-lhe sentir que é desejada, que é importante.
Grande parte da angústia do homem de hoje nasce disto: de pensar que, se não formos fortes, atraentes e belos, ninguém porá os olhos em nós, ninguém quererá saber de nós.
Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior: como se fôssemos pessoas eternamente carecidas de confirmação do que somos e valemos.
Imaginai um mundo onde todos procuram chamar a atenção para si mesmos, e ninguém está disposto a querer bem gratuitamente aos outros!
Parece um mundo humano, mas na realidade é um inferno.
Nada mais poderá fazer-nos felizes, senão a experiência do amor dado e recebido?
A vida do ser humano consiste numa troca de olhares: alguém, fixando-nos nos olhos, arranca-nos o primeiro sorriso; por nossa vez, sorrindo gratuitamente a quem está fechado na tristeza, abrimos-lhe uma porta de saída.

Vemos acontecer isto no filho pródigo da parábola: «Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço…».
Somos filhos amados de Deus.
E não nos ama por ver em nós alguma razão para isso; ama-nos porque Ele mesmo é amor, e o amor, por sua natureza, tende a difundir-se, a dar-se.
Deus nem sequer faz depender o seu amor da nossa conversão: antes, esta é consequência do seu amor.
Deus ama-nos mesmo quando somos pecadores.
Ao criar-nos, imprimiu em nós uma beleza primordial que nenhum pecado, nenhuma opção errada poderá jamais cancelar de todo.

Aos olhos do Pai do céu, seremos sempre pequenas fontes de água boa que jorram para a vida eterna.





Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; Centro Televisivo do Vaticano


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