«Com
os refugiados. Hoje, mais do que nunca, temos de estar ao lado dos
refugiados»
Foi
o lema proclamado pelas Nações Unidas para o Dia Mundial do
Refugiado que hoje se celebra
No Angelus do passado Domingo, solenidade do Corpus
Christi, O Papa Francisco disse que o encontro pessoal com quem foge de guerras e
miséria «dissipa medos e ideologias deturpadas, e torna-se
factor de crescimento em humanidade, capaz de dar espaço a
sentimentos de abertura e à construção de pontes».
Um
encontro, explicou o Papa, que chama «a atenção concreta»
para «mulheres, homens, crianças em fuga de conflitos,
violências e perseguições», e que leva também à recordação
de «quantos deles perderam a vida no mar ou em extenuantes
viagens por terra».
Porque
«as suas histórias de dor e esperança – garantiu o Santo
Padre – podem tornar-se oportunidades de encontro fraterno e de
verdadeiro conhecimento recíproco».
O
secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade
Humana da Igreja Católica em Portugal espera que o Dia Mundial dos
Refugiados possa “animar” quem até agora se mostrou receoso no
acolhimento de quem foge da guerra e perseguição.
«Se
este dia puder servir para animar aqueles que até agora se mostraram
receosos. Não quer dizer que seja sempre fácil mas todas as
dificuldades foram sempre maiores para as pessoas que vieram do que
estas que estamos a encontrar aqui», disse o padre José Manuel
Pereira de Almeida sobre o Dia Mundial dos Refugiados.
A
ONU revelou esta segunda-feira que o número de pessoas que foram
forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou
perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com “65,6 milhões
de deslocados internos ou refugiados”.
Mensagem
divulgada em vídeo pelo Secretário-Geral das Nações Unidas,
António Guterres, sobre o Dia Mundial do Refugiado 20 de Junho de
2017:
«Como
é fugir da guerra, dos desastres ou da perseguição?
Ter
que deixar tudo para trás?
Nunca
houve tantas pessoas como agora, em nossos dias, vivendo este
pesadelo.
Suas
histórias são de partir o coração.
Dificuldades.
Separação. Morte.
Eu
conheci muitas pessoas que perderam tanto.
Mas
elas nunca perderam os sonhos para seus filhos ou a vontade de
melhorar nosso mundo.
E
o que pedem em troca é muito pouco. Apenas querem nosso apoio para o
momento de maior necessidade para eles.
E
a nossa solidariedade.
E
é tão inspirador ver que os países que têm menos recursos são os
que mais fazem pelos refugiados.
No
Dia Mundial do Refugiado, reflictamos sobre a coragem dos que são
obrigados a fugir e a compaixão daqueles que lhes acolhem.
Vamos
decidir a restabelecer a integridade do regime internacional de
protecção ao refugiado.
E
vamos trabalhar para dar a cada um a chance de construir um futuro
melhor, juntos.»
Entrevista
ao padre José Manuel de Almeida e a Inês Espada Vieira sobre o Dia
Mundial do Refugiado:
Fontes:
Rádio Vaticano; Agência Ecclesia; Nações Unidas
Sem comentários:
Enviar um comentário