Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

terça-feira, 20 de junho de 2017

O DRAMA DE QUEM FOGE

«Com os refugiados. Hoje, mais do que nunca, temos de estar ao lado dos refugiados»
Foi o lema proclamado pelas Nações Unidas para o Dia Mundial do Refugiado que hoje se celebra
   
   
No Angelus do passado Domingo, solenidade do Corpus Christi, O Papa Francisco disse que o encontro pessoal com quem foge de guerras e miséria «dissipa medos e ideologias deturpadas, e torna-se factor de crescimento em humanidade, capaz de dar espaço a sentimentos de abertura e à construção de pontes».

Um encontro, explicou o Papa, que chama «a atenção concreta» para «mulheres, homens, crianças em fuga de conflitos, violências e perseguições», e que leva também à recordação de «quantos deles perderam a vida no mar ou em extenuantes viagens por terra».
Porque «as suas histórias de dor e esperança – garantiu o Santo Padre – podem tornar-se oportunidades de encontro fraterno e de verdadeiro conhecimento recíproco».


O secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana da Igreja Católica em Portugal espera que o Dia Mundial dos Refugiados possa “animar” quem até agora se mostrou receoso no acolhimento de quem foge da guerra e perseguição.

«Se este dia puder servir para animar aqueles que até agora se mostraram receosos. Não quer dizer que seja sempre fácil mas todas as dificuldades foram sempre maiores para as pessoas que vieram do que estas que estamos a encontrar aqui», disse o padre José Manuel Pereira de Almeida sobre o Dia Mundial dos Refugiados.


A ONU revelou esta segunda-feira que o número de pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com “65,6 milhões de deslocados internos ou refugiados”.

Mensagem divulgada em vídeo pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre o Dia Mundial do Refugiado 20 de Junho de 2017:

«Como é fugir da guerra, dos desastres ou da perseguição?
Ter que deixar tudo para trás?
Nunca houve tantas pessoas como agora, em nossos dias, vivendo este pesadelo.
Suas histórias são de partir o coração.
Dificuldades. Separação. Morte.
Eu conheci muitas pessoas que perderam tanto.
Mas elas nunca perderam os sonhos para seus filhos ou a vontade de melhorar nosso mundo.
E o que pedem em troca é muito pouco. Apenas querem nosso apoio para o momento de maior necessidade para eles.
E a nossa solidariedade.
E é tão inspirador ver que os países que têm menos recursos são os que mais fazem pelos refugiados.
No Dia Mundial do Refugiado, reflictamos sobre a coragem dos que são obrigados a fugir e a compaixão daqueles que lhes acolhem.
Vamos decidir a restabelecer a integridade do regime internacional de protecção ao refugiado.
E vamos trabalhar para dar a cada um a chance de construir um futuro melhor, juntos.»



Entrevista ao padre José Manuel de Almeida e a Inês Espada Vieira sobre o Dia Mundial do Refugiado:



Fontes: Rádio Vaticano; Agência Ecclesia; Nações Unidas

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