Na
catequese de hoje o Papa Francisco sublinhou que os santos
mostram-nos que a vida cristã não é um ideal inatingível
O
Papa Francisco prosseguiu o ciclo das suas catequeses sobre a
esperança cristã, partindo da Carta aos Hebreus, capítulos 11 e
12.
O
Papa sublinhou que os santos são, para nós, testemunhas e
companheiros de esperança mostrando-nos que a vida cristã não é
um ideal inatingível; são companheiros da nossa peregrinação
nesta vida; partilharam as nossas lutas e fortalecem a nossa
esperança de que o ódio e a morte não têm a última palavra na
existência humana.
Por
isso, invocamos o auxílio dos santos nos sacramentos, disse o Papa,
primeiro no dia do nosso Baptismo, quando pouco antes da unção com
o óleo dos catecúmenos, o sacerdote convidou toda a assembleia a
rezar pelos baptizandos invocando a intercessão dos santos:
“Essa
era a primeira vez que, no curso da nossa vida, nos era doada esta
companhia de irmãos e irmãs "mais velhos", que passaram
pela mesma estrada, que conheceram as mesmas canseiras e vivem para
sempre no abraço de Deus.
A
Carta aos Hebreus chama esta companhia que nos rodeia com a expressão
"multidão de testemunhas”.
O
mesmo acontece no matrimónio, porque «quem
ama verdadeiramente tem o desejo e a coragem de dizer “para sempre”
mas sabe que tem necessidade da graça de Cristo e da ajuda dos
santos para poder viver a vida matrimonial».
Portanto,
trata-se de uma escolha absoluta e definitiva, que não é válida
«enquanto o amor durar» mas é «para
sempre».
Caso
contrário, esclareceu o Papa, «é melhor não
casar: ou para sempre ou nada».
Também
no sacerdócio a intercessão dos santos – invocada durante a
liturgia da ordenação enquanto o candidato permanece estendido no
chão – torna-se um apoio e uma graça.
De
facto, um homem «permaneceria esmagado sob o
peso da missão que lhe é confiada», mas «sentindo
que todo o paraíso está a seu favor» compreende que não se
encontra sozinho nesta tarefa.
«Somos
pó que aspira ao céu» comentou o Papa, exortando a rezar ao
Senhor a fim de que ele «conceda a todos nós
a esperança de ser santos».
«Que
o Senhor nos dê a esperança de sermos santos.
É
o grande presente que cada um de nós pode fazer ao mundo».
Sobre
o Dia do Refugiado que ontem se celebrou o Papa acrescentou:
«Por
ocasião do Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade internacional
comemorou ontem, na segunda-feira passada eu quis encontrar uma
representação de refugiados que são hospedados pelas paróquias e
instituições religiosas de Roma.
Queria
aproveitar esta ocasião do Dia de ontem para exprimir o meu sincero
apreço pela campanha para a nova lei migratória:
"Eu
era estrangeiro – A Humanidade que faz bom", que conta com o
apoio oficial da Caritas italiana, a Fundação Migrantes e de outras
organizações católicas».
Resumo
da catequese do Papa Francisco:
Os
santos são, para nós, testemunhas e companheiros de esperança
mostrando-nos que a vida cristã não é um ideal inatingível.
São
companheiros de nossa peregrinação nesta vida.
Compartilharam
as nossas lutas e fortalecem a nossa esperança de que o ódio e a
morte não têm a última palavra na existência humana.
Por
isso, invocamos o auxílio dos santos nos sacramentos.
No
Baptismo, os invocamos como irmãos mais velhos que já cruzaram a
estrada fatigante desta vida e encontram-se no abraço de Deus por
toda a eternidade.
No
Matrimónio, eles vêm em socorro dos noivos que, ao assumirem um
compromisso por toda a vida, sabem que precisam da graça de Deus
para se manterem fiéis.
Na
Ordenação Sacerdotal, o candidato sabe que conta com a ajuda de
todos os que estão no Paraíso para poder suportar o peso da missão
que lhe é confiada.
De
facto, os santos lembram-nos que, apesar das nossas fraquezas, a
graça de Deus é maior nas nossas vidas.
Por
isso, devemos manter sempre viva a esperança de ser santos, pois
este é o maior presente que podemos dar ao mundo.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
Sem comentários:
Enviar um comentário